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Re: [gtCD] Re: [estudiolivre] O Fracasso do Edital Redes I

Eu proporia que nos proximos editais/premios (Redes, Midias e todos!!)

As postulações sejam em espaços transparentes, para inclusive
disponibilizar as ações para redes, aperfeiçoamentos e controle
social.

E que as avaliações dos avaliadores, as pontuações e observações sejam
também online e em transparencia.
para todos ver tudo.... e aprendermos juntos.

Sebastián





Em 26 de novembro de 2015 10:48, Elen Nas <sereialab@gmail.com> escreveu:
> Olá, bom dia.
> Dos que vieram expressar opinião neste tópico, não conheço pessoalmente,
> assim como não conheço os debates anteriores e embates que já tiveram em
> encontros, redes, etc.
> Do ponto de vista pessoal então possuo uma certa neutralidade.
> Do ponto de vista ideológico vejo que aqui estão surgindo assuntos que devem
> ser aprofundados e levados como plano de mobilização, organização de
> demandas, etc.
> A questão da transparência é fundamental, e, para ir além da crítica tenho
> procurado atuar de maneira que considero civilizada, que é justamente fazer
> valer alguns direitos civis que já estão previstos a alguns séculos,
> inclusive.
> Concordo com a goa, que disse estar reverberando uma crítica anterior
> (novaes?) que é o direito de criticar, e mais, a crítica deve ser vista como
> algo que vêm a colaborar.
> No entanto, devemos lembrar que o sistema de gestão, tanto pública quanto
> das empresas, possui uma lógica que é não transparente, excludente,
> autoritária e inquisidora.
> Como mudar isto? Certamente não será com omissão de quem está nas gestões e
> processos que envolvem implementação das políticas. Na verdade, o pior, é
> que o funcionário, público ou privado, assim como o contratado, considera um
> estorvo qualquer questionamento e pedido de acesso a informação, e como
> "vingança" a quem fizer isto, aí sim, entra a postura de "inquisição", ou
> seja, nada racional e construtivo.
> Vou dar meu exemplo pessoal: em 2010 fiz um contato com o Centro de Artes
> Visuais da Funarte para saber como obter mais informações sobre como havia
> se dado um processo seletivo que submeti projeto.
> O funcionário sem consciência política, social, assim como das políticas
> públicas, vai achar que alguém que procura "saber mais" está é querendo
> "arrumar confusão".
> Na verdade, eu, como muitos que investem em editais, querem e merecem um
> "feedback", até mesmo para saber o que se pode aprimorar no envio de uma
> outra proposta, se for o caso. Um exemplo da necessidade de "feedback" é o
> caso que um vizinho meu, que participou de uma dessas bancas de seleção, me
> falou: "um pessoal do norte" enviou um projeto que era pra fazer uma espécie
> de "lambe-lambe" nos Pilotis do Capanema. Eles aprovam o projeto do cara na
> habilitação, por constar todos os documentos, e reprovam na seleção, e não
> há lugar algum em que esteja escrita uma linha sobre cada projeto avaliado.
> Conclusão é que o cara pode continuar enviando o projeto em outras vezes (e
> no caso da Funarte ainda é Sedex, com projetos, portfolios, etc.) sem nunca
> saber que está propondo algo que nunca será aprovado por se tratar de prédio
> de patrimônio público. Se ele soubesse que o problema principal que se
> coloca é este, teria a oportunidade de reformular para envio em outras
> ocasiões, além de também passar a se informar sobre uma regra que é geral,
> em diversos espaços de patrimônio.
> A conclusão do meu contato em 2010, que foi antes da implementação da Lei de
> Acesso a Informação, é que, um funcionário chegou a me falar que realmente
> alguns envelopes de projeto sequer eram abertos. E, claro, depois dessa
> realmente considerei absurdo que um governo e gestão que estamos apoiando,
> inclusive referendando as seleções e políticas, pudesse agir de tal forma.
> Dei entrada com uma solicitação formal de pedido de informação, protocolada
> na Funarte, que na época nunca foi atendida e sequer respondida.
> Como consequência deste ato, creio que ganhei um (ou mais um) baita estigma.
> Na verdade, o meu motivo era de certa forma ingênuo, do mesmo modo que pode
> ser ingênuo ter ainda "um fio de esperança" no que estar por vir com esta
> gestão, mas neste caso, com a Funarte, apenas alguns anos depois, fui
> entender que a indisposição para prestar informação tinha a ver com outras
> questões ali que estavam mal explicadas, como o fato de utilizar Lei de
> Incentivo a Cultura, em convênio com a Petrobrás, para a implementação de
> alguns Editais.
> Sobre este assunto, este post explica melhor e está dentro de um grupo que
> fiz para criar um diretório de referências importante para esta discussão. A
> notícia fala de 2006/2007, mas o caso se repetiu em 2010/2011.
> Então, se eu, como proponente, queria apenas ter certeza de que o meu
> projeto foi lido e que aquele investimento, eventualmente surtiria efeito
> para o meu trabalho, acabei sendo mal-tratada por que estes funcionários,
> além da má vontade, falta de consciência e descaso com a cidadania, tinham
> também medo, pois estava em curso um outro processo com a Petrobras e isto
> já tinha gerado questionamentos, como no vídeo do link pro 'post' acima.
> Claro que, com o que estamos vendo vir a tona agora, o caso é em termos de
> grandeza, insignificante. Mas nesse ponto, há muito a ser visto aí, pois um
> outro fato é que as prestações de contas dos projetos não são de fato
> verificadas, segundo dito, por falta de pessoal e infraestrutura, entre
> outros detalhes.
> Isto ficou melhor esclarecido para mim quando entrou a Lei de Acesso a
> Informação e percebi que estes convênios aconteciam.
> O assunto é longo e têm muitos detalhes, mas, em suma, existe o fato de se
> estar utilizando de um sistema que é viciado em fazer o que não interessa
> para implementação de uma real democracia e real respeito aos direitos
> civis. Existe ignorância, má vontade e sim uma atitude golpista por parte de
> quem conseguiu "um lugarzinho" nesse "quinhão", seja um emprego, seja uma
> fluência de relacionamento que facilita os "tráfegos".
>
> Então, quando alguém aqui levanta "questionar é estar contra?", realmente
> isto não é justo e uma democracia não se constrói sem fluência de
> comunicação, e, vejam bem, o primeiro que se faz quando chega um
> questionamento é tentar ignorar, e, quando não é possível, há a estratégia
> de jogar o problema para o outro, para o âmbito do bem estar pessoal
> ("entendo a sua frustração....etc."). Ideologicamente é importante entender
> que este nível de competição acirrada e de ataques aos colegas é algo também
> arquitetado como forma de dominação ideológica. O início deste vídeo ajuda a
> refletir sobre isto.
>
> Isto não quer dizer que não se deva haver embates. Eles são de fato
> necessários, e quanto mais abertos, diretos e transparentes, melhor. Por
> exemplo, fiquei sem entender bem a mensagem do claudio prado. Ficou
> subjetiva, parece ironia, mas sobre o Freud citado, fiquei na dúvida se é o
> mesmo d"O mal estar na civilização".
>
> O que gostaria de chamar atenção, novamente, neste debate, é que qualquer um
> pode, levianamente, falar que tal projeto não está em condições, e tais
> outros estão. No entanto, um processo de seleção deve ter registros destas
> decisões, e, sendo elas passíveis de serem questionadas, o cuidado na
> escrita será maior.
>
> Este, entre outros fatores, podem, e devem ser mudados. E, eles só vão mudar
> se fizermos pressão e entramos em um diálogo com a intenção de cooperar para
> mudança.
>
> Neste caso, apesar das críticas, dos sentimentos negativos gerados pelas
> distopias e decepções, é importante reconhecer que temos o desafio de
> organizar os questionamentos e existe uma possibilidade de diálogo, em
> aberto.
>
> O ambiente da política partidária infelizmente atrai muitos oportunistas e
> isto tende a afastar e desiludir os idealistas. Mas até o partido mais
> radical, se crescer em eleitorado, será visado por um bando destes que só
> querem tirar proveito, e, o pior, não possuem formação política, ou qualquer
> outra formação que favoreça ampliar a consciência e buscar atitudes
> construtivas dentro de um processo de construção democrática.
>
> O Brasil saiu de grandes períodos de ditaduras para uma entrada "gradual" na
> democracia. Ninguém falou que seria fácil.
>
> hasta la victoria (che)
>
> Elen
>
>
>
> Em quinta-feira, 26 de novembro de 2015 10:35:52 UTC-2, novaes escreveu:
>>
>>
>>
>> Em quarta-feira, 25 de novembro de 2015 11:27:22 UTC-2, claudio prado
>> escreveu:
>>>
>>> eis aqui este sambinha, feito numa nota só>>>
>>> parece inacreditável: 10 anos depois as mesmas críticas>> as mesmas
>>> palavras>> o mesmo rancor>>
>>> é o compromisso atávico com o inviável!! inacreditável!!!
>>
>>
>> mesmas críticas? mesmo rancor? claudio, você perdeu o juízo?
>>
>> Há dez anos atrás eu coordenava as ações nacionais de cultura digital
>> enquanto você viajava com namorado com grana pública pra europa.
>> Há dez anos atrás nós, a equipe de implementação do cultura digital,
>> decidiamos que o Piauí seria nossa primeira oficina, invertendo a lógica de
>> favorecimento dos grandes centros. O Norte, durante a nossa passagem pelo
>> MinC, era prioridade, tinha recursos a mais para deslocamento e estada
>> porque entendíamos sua temporalidade... Nós construímos em campo a maior
>> política cultural do brasil, e sangue-sugas como você ainda hoje enganam a
>> quem possam colhendo os resultados do que nem fazem ideia que aconteceu...
>>
>> Hoje,a pesquisa de ponta em comunicação e cultura continua sendo feita no
>> Brasil, mas o minc parece ter seus olhos e ouvidos tapados por ignorantes
>> oportunistas como claudio prado.
>>
>>>
>>> qualquer coisa positiva será sempre, por definição, algum compromisso
>>> espúrio!
>>> coitado do Freud>>
>>>
>>> Em 23 de novembro de 2015 11:52, Thiago Novaes <tno...@gmail.com>
>>> escreveu:
>>>>
>>>>
>>>> Olá listas,
>>>>
>>>> Em 20 de novembro de 2015 17:26, Uirá Porã <uira...@gmail.com> escreveu:
>>>>>
>>>>>
>>>>> Por fim, acho que ao invés de ficar dando uma de GloboNews e dando
>>>>> número falsiado, era mais produtivo você articular e mobilizar seus
>>>>> conhecidos na Região Norte para que nos próximos editais, tenhamos mais
>>>>> projetos inscritos naquela região.
>>>>
>>>>
>>>> Grato pelo conselho, Uirá: ele ilumina bem o tipo de pensamento que
>>>> vigora para os editais públicos das políticas públicas (nada incluisivas!)
>>>> do ministério da cultura do Brasil.
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> até mais.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Em quinta-feira, 22 de outubro de 2015 19:43:53 UTC-3, novaes escreveu:
>>>>>>
>>>>>> Saiu o resultado do Edital Redes do Ministério da Cultura do Brasil
>>>>>> (parcial, pois ainda se pode recorrer).
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> http://www.cultura.gov.br/documents/10883/1300114/Portaria+n%C2%BA%2031+-+Fase+de+Classifica%C3%A7%C3%A3o+-+Cultura+de+Redes+Nacional+e+Regional+-+TCC+-+Portal+MinC.pdf/df96a97e-47d2-445c-a613-ea4a8cec5bc1
>>>>>>
>>>>>> Dos 37 classificados no prêmio nacional, 26 estão em capitais e 21 no
>>>>>> Sudeste + PE (RJ: 6; SP: 6; MG: 4 e PE: 5);
>>>>>>
>>>>>> 9 Estados não aparecem, e a região norte tem 1 (hum) projeto, entre os
>>>>>> 47 listados, em Belém do PA.
>>>>>>
>>>>>> O prêmio regional não possui nenhum projeto classificado na região
>>>>>> Norte do Brasil, tendo um único, de Oriximiná (PA), desclassificado.
>>>>>>
>>>>>> E antes que alguém queira argumentar que a razão de tamanho fracasso
>>>>>> desta política nacional se deve ao fato de que no Norte a conexão à Internet
>>>>>> é mais difícil, e que, portanto, lá a comunicação privilegiada do MinC com a
>>>>>> sociedade via facebook não é tão eficaz... lembro:
>>>>>>
>>>>>> Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
>>>>>> Brasil:
>>>>>>
>>>>>> III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
>>>>>> desigualdades sociais e regionais;
>>>>>>
>>>>>> Estando igualmente presente no CAP dedicado à Cultura, Art 215:
>>>>>>
>>>>>> IV democratização do acesso aos bens de cultura;
>>>>>> V valorização da diversidade étnica e regional.
>>>>>>
>>>>>> Na prática, significa não apenas que vários estados brasileiros estão
>>>>>> fora do escopo do investimento federal, mas que tampouco as redes e projetos
>>>>>> culturais que EXISTEM nesses estados poderão se denominar Pontos de Cultura
>>>>>> (prêmio de consolação para os classificados que não ganharão dinheiro do
>>>>>> estado), aumentando a concentração dos recursos de políticas culturais
>>>>>> nacionais.
>>>>>>
>>>>>> É uma pena que o MinC tenha que colher dados como esses para se dar
>>>>>> conta do que estamos alertando há tempos: com políticas apartadas da
>>>>>> sociedade, enfocando uma participação social "virtual", e sem construir
>>>>>> qualquer base (ou inteligência) que legitime e democratize seus processos
>>>>>> (tomando a presença interna da rede de produtores culturais do Fora do Eixo
>>>>>> como legitimidade de suas políticas a priori) o resultado não poderia ser
>>>>>> outro.
>>>>>>
>>>>>> E agora, seu Juca?
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
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>>>>>>
>>>>>>
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>>>>
>>>> --
>>>> --
>>>> Essa mensagem foi postada no grupo:
>>>> http://groups.google.com/group/gtculturadigital?hl=pt?hl=pt-BR
>>>>
>>>> Esse grupo está ligado ao Movimento Cultura Digital:
>>>> http://culturadigital.br/movimento
>>>>
>>>> ---
>>>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "GT Cultura
>>>> Digital" dos Grupos do Google.
>>>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele,
>>>> envie um e-mail para gtculturadigit...@googlegroups.com.
>>>> Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.
>>>
>>>
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>>> claudio prado
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