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Re: [gtCD] Re: [submidialogia] [estudiolivre] Kill facebook, kill it now!

Muito bom, Novaes. Sintético, objetivo e nos nervos. Se o preço de nossos dados e do vigilantismo das grandes corporações servirem para no mínimo distribuir um pouquinho de renda, a troca passa a ser menos injusta. Por enquanto, a sensação é de estarmos apenas perdendo nesse jogo.
Considerando que, cada vez mais o trabalho está sendo automatizado.

Agora, para além da questão de distribuição de rendas, uma sociedade onde nossos passos e desejos são vigiados e monitorados pelo Google e Facebook, aliado a uma educação pautada por essas megacorporações. Isso tudo, parece nos apresentar um futuro assustador. Se acreditávamos que o futuro era livre. Hoje, contra meu desejo e claro de todos nós, parece que nosso futuro será preso. Possivelmente, as futuras gerações podem nem enxergar as grades da cela.
 

Em 9 de agosto de 2017 10:43, Thiago Novaes <tnovaes@gmail.com> escreveu:
Hola,

Abaixo um artigo, para mim irônico, sobre "por que o facebook deveria nos pagar uma renda mínima":

http://m.folha.uol.com.br/mercado/2017/08/1907853-por-que-o-facebook-deveria-nos-pagar-uma-renda-minima.shtml?mobile

Foi traduzido do inglês que, como sabemos, confunde o cidadão com o homo economicus, daí a fazer a pergunta descabida:

"
Por que alguém deveria ser pago por fazer nada? E de que maneira seria possível arcar com os custos dessa ideia?",

Ter o mínimo para viver é um direito, e o Estado é quem tem a função de redistribuir a riqueza, já que a mão invisível assume a caridade dos exploradores como contra-ponto. Quem não faz nada é quem vive da propriedade e da especulação na bolsa, os bilionários não fazem nada. Mas são eles que inspiram os alunos de Harvard.

Nesse mundo dos espertos ao contrário, resta mesmo pouca esperança...

Mas ainda temos nossas redes, nossa colaboração, nossa inteligência coletiva. E sobretudo, somos indestrutíveis: uma ideia perigosa na cabeça, e um código na mão.



Em 8 de agosto de 2017 16:58, Luciana de Paula <kaleidoeyes@gmail.com> escreveu:
Olar 

faz um tempo que me inscrevi nesse grupo e acho que não conheço pessoalmente nenhum dos participantes, mas esse tema tem a ver com o que venho estudando, então vou colocar lenha na fogueira e dar uns pitacos de como eu vejo essa questao ta bom? :):

#1_O fato do facebook ter ingressado na bolsa de valores (2010) como negociante de dados dos usuários, inaugurou um novo tipo de negócio até então inédito ao capitalismo avançado (e à internet 2.0) que é o negócio das relações humanas mediadas pela plataforma ideologicamente neutra da máquina (mas politicamente de controle e rastreamento), assegurando que o facebook não seja de fato gratuito, já que a moeda de troca somos nós. 

#2_Outra questão ainda é sobre a intensificaçao da produçao de dados via redes sociais e  computadores em geral:  o fornecimento de dados em rede está: nos cartões de banco que usamos, fornecendo dados de preferências, locais, tipos e horários de consumo dos mais ínfimos e  íntimos; Está nos chips telefônicos, fornecendo dados de acessos, linguagem e sistema operacional, toda nossa  rede afetiva e tudo o mais  que é possivel rastrear com geolocalização; Está no bilhete único que fornece dados das  rotas que traçamos, horários e frequencias,  mapeamento de zonas de proximidades e consumo, diariamente...massivamente... Isso para citar os usos mais superficiais, cotidianos e ubiquos, sem contar redes de Rfid, satelites e outras... Tudo o que produzimos para as redes sociais é ainda um nível mais "superficial"(mas nem tanto) de produçao de metadados. Quando todos esses "perfis de consumo" passam a ser negociados pelos governos ultraliberais, não há em hipótese, espaços fora, espaços de escape, nem mesmo as heterotopias, antigos espaços de exceção das sociedades disciplinares... o único impedimento a esses governos (vide Trump com Facebook e Doria com os dados do bilhete único e serasa com os bancos, o Internet.org do Zuckerberg, Macri + Windows para o projeto educ.ar, sistema integrado de identificaçao da policia federal brasileira, etc etc etc etc etc...) ainda é a não totalização do acesso, o que gera as zonas opacas para a política liberal de dados (Apenas ⅓ da populaçao mundial tem acesso a internet pelo computador não é isso?). Por isso as politicas de inclusão digital, são também politicas de controle, mais que de autonomia popular(embora esse seja o discurso que legitima a implantação dessas politicas), na medida em que não houver a militância por uma "democratizaçao de dados" não liberal. O problema mais claro é que segundo a logica liberal, toda a política governamental de acesso e controle  se dá a partir da terceirizaçao desser serviços, para as grande empresas de tecnologia, que vão negociar deter parte dos  dados e comercializá-los.

Enfim, se nós somos a moeda de troca, nessa nova espécie de servidão voluntária, quem vai exigir e quem vai realizar a partilha? Obviamente não é o capital privado :/

bom, é como eu vejo a questão....

beijos
;***

"One map shows how everything - from the links we post on Facebook, to the pages we like, to our online behaviour in many other corners of cyber-space that are owned or interact with the company (Instagram, WhatsApp or sites that merely use your Facebook log-in) - could all be entering a giant algorithmic process.

And that process allows Facebook to target users with terrifying accuracy, with the ability to determine whether they like Korean food, the length of their commute to work, or their baby's age.

Another map details the permissions many of us willingly give Facebook via its many smartphone apps, including the ability to read all text messages, download files without permission, and access our precise location.

Individually, these are powerful tools; combined they amount to a data collection engine that, Mr Joler argues, is ripe for exploitation.

"If you think just about cookies, just about mobile phone permissions, or just about the retention of metadata - each of those things, from the perspective of data analysis, are really intrusive.""

Em 4 de agosto de 2017 23:16, Thiago Novaes <tnovaes@gmail.com> escreveu:
fabs querida, valeu retomar esse papo.

dois coments rápidos.

não existe tal coisa como A internet: existem usos, relações que travamos com essa tecnologia.
ao invés de inocência, trata-se de alienação técnica, simplesmente não se pensa ou se conhece
as consequências da adesão ao facetruque.

o que leva ao segundo coment: nem é (mais) a exploração de big data que está nos preocupando,
aos pesquisadores, mas à totalidade imposta pela digitalização: não basta eu não ter uma conta
nessa ou naquela plataforma proprietária, porque o que vem por aí é uma exclusão cidadã daqueles
que não mantiverem relações com o computador, um pouco como as tais contas e identificações agora
necessárias para fazer download de tudo que antes estava super acessível.

se por um lado, a internet não é um determinismo, o totalitarismo digital parece ser.

Em 4 de agosto de 2017 17:29, fabianne balvedi <fabs@estudiolivre.org> escreveu:

ou seja, mate-se a besta antes que seja tarde.
ou depois não digam que não foram avisados.


na real não perdemos a internet, mas sim a inocência.
a internet nasceu numa era capitalista. E como toda criança,
também cresce e perde a sua inocência.

essa mensagem é apenas uma pequena tentativa de
compreender nossos ciclos como seres humanos.
de sair do lugar comum e mais fácil de eleger vilões.

o lado negro não é mais poderoso,
apenas mais rápido, mais fácil
e mais sedutor... (mestre yoda :o)

precisamos restaurar nossas redes de afeto.

com carinho,

.f4bs
.
.



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