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[gtCD] Re: [DebateFML] [submidialogia] Fwd: [espectrolivre] Migração para do AM para o FM, a quem interessa?

Oi Jerry,

Fico contente em saber que você está estudando sobre rádio digital e buscando se informar sobre as possibilidades de democratização que se abrem com essa nova tecnologia. O Brasil precisa muito desse novo meio para democratizar de fato as comunicações e quem tem compromisso com essa luta deve mesmo se posicionar neste momento histórico de definição.

2015-10-04 16:24 GMT-03:00 Jerry Oliveira <jerry.deoliveira@hotmail.com>:
[Debate-FML]
Thiago eu entendo que a digitalização do radio é super mega impotante para o pais e para a democratização da comunicação, mas particularmente entendo que o debate não se pode restringir entre código aberto ou código fechado é preciso ir mais além do que isso.

Faz 5 anos que estamos indo muito além do código aberto no rádio digital, pois sobre isso não resta dúvida: trata-se de uma tecnologia mais evoluída que as fechadas. Seguem algumas respostas aos teus comentários e dúvidas:

Destaco que estou aprofundando e estudando muito sobre isso e por diversas vezes tenho colocado posicionamentos políticos das contradições colocadas pelos dois sistemas até agora apresentado que deveríamos aprofundar no DRM, que ainda não estão sendo debatidas, que são;
A) Largura da banda do espéctro

O sistema iboc ocupa o dobro do espaço do dial (400mhz). O sistema DRM ocupa com a proposta de simulcastig 300 MHz. Como poderemos debater a democratização da comunicação se até o momento (pelo menos neste momento do simulcasting) os dois padrões até agora apresentado ocupa um maior espaço do espéctro?

Acabamos de publicar um texto sobre o AM, sobre Ondas Curtas transmitidas pelo DRM: se quiser ler e comentar, pode ser bem produtivo!

http://www.drm-brasil.org/content/migra%C3%A7%C3%A3o-para-do-am-para-o-fm-quem-interessa

Imagine você que toda essa faixa abandonada por conta da qualidade de áudio inferior ao FM possa ser agora utilizada com qualidade de CD!! Sensancional, não? Imagine que as RadCom possam transmitir em Ondas Curtas, economizando 80% de energia, enviando fotos além de áudios... Quantos canais se abrem com o rádio digital? Centenas!!

No FM a democratização é igualmente evidente: com multiprogramação são 4 os programas transmitidos na mesma faixa de frequência: para as RadCom seria um modelo interessante de migração, onde poderiam compartilhar um mesmo equipamento e deixar o ouvinte escolher sua RadCom preferida. Isso sem falar em interatividade, com o midleware Ginga no rádio digital, que o Rafael Diniz desenvolveu com bolsa de pesquisa no laboratório Telemídia da PUC-RJ: novos serviços para emissoras públicas e comunitárias!! Como você sabe, nós não fazemos lobby, meu caro, nós fazemos rádio e produzimos conhecimento sobre rádio.
 

B) a questão ideológica
Como podemos aceitar a forma e o método lobista do DRM no convencimento deste padrão pois com os movimentos sociais adota o discurso do código aberto e para as emissoras comerciais o debate não corre por este viés... corre pelo viés mercadológico e o volume de negócios através das grandes corporaçôes capitalistas como Bosch e outras?
Se o DRM é o padrão ideal para a democratização da comunicação porque este debate não é travado também no interior da rádio comercial? O que percebo que a política do DRM na defesa de seu padrão junto aos empresários se dá apenas nas questões meramente técnicas e não políticas, inclusive com o stand do DRM nos congressos da ABERT?

Não existe uma política do DRM na defesa de seu padrão, para nossa infelicidade... Como o governo brasileiro não colocou um centavo em pesquisa, e sequer custeia os equipamentos para testes, o DRM internacional não tem estado disposto a custear novos testes (que foram bastante conclusivos, basta ler os relatórios, não as manchetes da mídia comercial). A boa política começa com uma boa escolha técnica, e sabemos que não se resolverão as questões históricas da democratização com um padrão técnico. Mas com o HDRadio, não haverá nem mesmo possibilidade de discussão...

O stand do DRM e a aproximação com radiodifusores comerciais é essencial pois o DRM é bom para todos, para todas as faixas de frequência. Multiplicando canais a proposta é que o ouvinte se beneficie e escolha sua emissora, em igualdade de condições técnicas, inclusive e especialmente das emissoras comunitárias, que poderão inovar e ampliar sua audiência!
 
C) dos testes dos padrões
Reconheço dentro do DRM vários parceiros. Entretanto o próprio DRM sucumbiu aos ditames do Ministério das Comunicações em realizar testes com 4 watts para as rádios comunitarias, muito longe da própria lei 9612 (que ja é uma merda) que atribui 25 watts para as rádios comunitárias. Porque o DRM não se somou aos nossos posicionamentos, preferindo realizar os testes restritivos do ministério das comunicações, afinal parceiro... parceria é igual casamento. É na saúde e na doença.. na riqueza e na pobreza.

Os testes feitos na Líder FM foram com 4w justamente porque a lei de radcom prevê o alcance de 1km. Veja você, com 4w o alcance foi de 1,5km!! O journaline, que é um serviço de notícias do DRM também funcionou super bem, abrindo a perspectiva de desenvolvermos nossos próprios serviços (já que o software é livre!) (Esses testes eu acompanhei pessoalmente, traduzindo voluntariamente a Friederike que veio de Hannover: o excelente resultado foi publicado inclusive no exterior).

http://www.drm-brasil.org/content/testes-com-drm-em-r%C3%A1dio-comunit%C3%A1ria-do-distrito-federal

 
Quanto ao relatórios dos testes, observei que o DRM não se desenvolveu para um cenário social (apesar do código aberto) para alcance restrito (até) 200 watts cujo sistema causa Grandes problemas de interferência espúrios. Tanto que os testes para DRM e IBOC devem ser refeitos pois os equipamentos se mostraram vulneráveis a interferência. Isso para mim provoca um qustionamento: o sistema foi pensado para a democratização da comunicação (média potência) com a restrição de grandes potências e abertura de novas emissoras que garantiram novas vozes e a otimização do espéctro, não seria uma contradição para a democratização da comunicação?

Os testes não precisam ser refeitos, isso é balela. O DRM funciona bem com 4w, alcançando 1,5km, que mais de alcance restrito você espera?? E aumentando a potência, não há qualquer preocupação com essa geração de espúrios (da onde vocẽ tirou isso?), ou você acha que a Índia está comprando transmissores que não vão funcionar em seu território continental?? E, novamente, você se esquece que, além da otimização do espectro (claro, durante o simulcast, assim como na tv, precisa-se manter o sinal analógico), que no digital o DRM ocupa 100khz, existe a possibilidade de multiprogramação!! Multiplicando canais, revitalizando o AM, ampliando o uso das Ondas Curtas, recebendo o sinal nos mais diversos dispositivos móveis, nos computadores, e até na tv digital brasuca, o cenário é ou não democratizante??!

Bem camarada estes são os primeiros posicionamentos que ainda possuo sobre os padrões de rádio digital até o momento. De uma coisa temos acordo... IBOC nem pensar... mas precisamos aprofundar o debate político. Para nós não pode ser apenas o debate de código aberto ou fechado... o debate é extremamente político. Me preocupo que a definição precipitada, pois se não d ebatermos a questão política, econômica e ideológica poderemos colocar uma grande pá de cal nas demandas históricas da luta pela democratização da comunicação no Brasil e na América Latina.


Espero ter contribuído, mais uma vez, apresentando as tantas possibilidades de democratização dos meios de comunicação que o padrão aberto do Rádio Digital Mundial oferece. O motivo pelo qual esse padrão não foi ainda escolhido se deve à tentativa dos grandes meios de comunicação de bloquearem a democratização, fazendo lobby pelo sistema HDRadio. Não se trata de apressar uma escolha, mas de começar de fato uma política de democratização que, ao que tudo indica, não interessa nem mesmo ao Intervozes e FNDC, que não sabem, não querem ou não podem se posicionar sobre o rádio digital.

Encaminhei a mensagem ainda para outrxs pesquisadxs que, oportuna e voluntariamente, devem responder também, para o bem do Brasil e das lutas que nos unem em todo o mundo.

há braços livres,


Abraços,



Thiago,

Você não respondeu às perguntas que fiz, tampouco explicou de onde partem suas acusações, com base em que "informações". Também está em tempo de fazer isso. Do contrário, desculpe, mas nós não trabalhamos juntos com quem tem este tipo de prática política.

Abs
Bia

Bia Barbosa
Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
www.intervozes.org.br
(61) 9951-4846

2015-10-04 10:44 GMT-03:00 Thiago Novaes <tnovaes@gmail.com>:
[Debate-FML]
Oi Bia, tudo jóia?

Passados 5 anos da portaria que instituiu o Sistema Brasileiro de Rádio Digital, constando 2 padrões técnicos em disputa para definir o futuro do rádio no Brasi (e América Latina), pergunto:

1) Qual o padrão de rádio digital o Intervozes apoia para adoção no Brasil?

2) O rádio digital pode contribuir na democratização dos meios de comunicação no Brasil?

3) A que se deve a omissão do Intervozes no processo histórico de digitalização do rádio no Brasil?

O consórcio do Rádio Digital Mundial é aberto, como sua tecnologia é aberta. O convite é para continuarmos esse trabalho juntos, pois a ameaça do HD Radio é nefasta e sabemos e documentamos qual é o melhor sistema para o país. Agora com novo ministro (+1!!), estamos com renovado fôlego e contamos com pessoas de todos os grupos em uma frente ampla, em defesa do que é melhor para todos nós. Ainda está em tempo de se posicionarem.

abraços,

Thiago

2015-10-01 23:38 GMT-03:00 Bia Barbosa - Intervozes <bia@intervozes.org.br>:
[Debate-FML]
Thiago,

Não entendemos a referência ao Intervozes nesta sua mensagem. Concretamente, ela se baseia no que? Da nossa não manifestação pública em defesa do DRM você conclui individualmente e sai afirmando que o Intervozes apoia do HD Radio?

Bia Barbosa
Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
www.intervozes.org.br
(61) 9951-4846

2015-09-30 11:24 GMT-03:00 Thiago Novaes <tnovaes@gmail.com>:
[Debate-FML]
Olás,


Escrevemos esse documento que segue abaixo porque na última reunião do Intercom foi lançado um manifesto em defesa da migração do AM para o FM, enfatizando as emissoras públicas, e assinado por "pesquisadores em rádio".

Ora, a maoiria dos países já tem agendada migração dos sistemas analógicos e o fim do FM, a ser substituído por uma tecnologia que otimiza o espectro e proporciona muitos outros usos, com novos serviços, interatividade e multiprogramação: trata-se de uma revitalização de um meio que vem sofrendo fortemente a concorrência da internet.

O temor é que se adote na surdina o HD Radio, que já cedeu equipamentos para emissoras e tem junto a representantes do Intervozes e FNDC aliados que se opõem ao Rádio Digital Mundial, por razões desconhecidas (nunca se manifestaram claramente sobre o rádio digital nesses cinco anos de vigência da portaria ministerial 290, que instituiu o Sistema de Rádio Digital Brasileiro, SDR).

Nos próximos dias 6 e 7 de out acontece em Brasília o 27 Congresso da Abert (http://www.congressoabert.com.br/), e correram rumores de que a presidenta pudesse se pronunciar a favor do HD Radio para satisfazer aos fabricantes e emissoras comerciais (assim como fez ao assinar o inoportuno decreto de migração do FM para o AM). Por isso o alerta geral!!

Enviamos email para saber quem são esses "pesquisadores de rádio" vinculados ao Intercom, para deputados, e esperamos coletar assinaturas entre todos os setores da democratização dos meios de fato empenhados em garantir o direito à comunicação da população. Contamos com a mais ampla circulação dos textos, encaminhe!

sds,

Thiago Novaes




Em 30 de setembro de 2015 08:52, fabianne balvedi <fabs@estudiolivre.org> escreveu:
galere, assunto urgente em pauta!


.


---------- Forwarded message ----------
From: Rafael Diniz <rafael@riseup.net>
Date: 2015-09-29 20:52 GMT-03:00
Subject: Re: [espectrolivre] Migração para do AM para o FM, a quem interessa?
To: espectrolivre@lists.riseup.net


Pessoal,

O texto longo está publicado (dado a urgência da questão):
http://www.drm-brasil.org/content/migra%C3%A7%C3%A3o-para-do-am-para-o-fm-quem-interessa

O texto curto está aqui:
http://piratepad.net/GIBIvdfxqq

Precisamos recolher assinaturas. Estamos colocando as assinaturas no PAD:
http://piratepad.net/LZB0mcyjZ8

Gindre, você pode ser a ponte com o Intervozes?

Abraços,
Rafael Diniz

On 09/29/2015 07:08 PM, Rafael Diniz wrote:
> Vamos assinar esse texto e fazer ele rodar?
> Precisamos fazer uma versão resumida para a imprensa.
>
> http://piratepad.net/GIBIvdfxqq
>
> Eu posso assinar individualmente e como DRM-Brasil.
>
> Abraços,
> Rafael Diniz
>
> On 09/29/2015 04:32 PM, abitporu wrote:
>>
>> Massa, Juba!  Algumas observaçÕes:
>>
>> - acho que vale citar/criticar explicitamente o texto do intercom
>>
>> - deixaria mais claro o traço socioeconomico da populacao que ouve AM,
>> importancia do AM no Norte
>>
>> - enfatizar mais o argumento que o FM não é uma evolução do AM - que
>> está bem detalhado tecnicamente, mas vale repetir pra ver se fixa
>>
>> - vale tb inserir uns subtítulos para pontuar os diferentes trechos do
>> texto, pois ele está grande e tem certas divisões claras de conteúdo
>>
>> tão escrevendo onde? num pad?
>>
>> []s!
>>
>> On 29-09-2015 16:12, Instituto Bem Estar Brasil wrote:
>>> Faz um link disso rafa que ajudamos a compartilhar na rede e dai
>>> marcamos uma galera do governo, nas postagens...
>>
>>> -----Mensagem original----- De:
>>> espectrolivre-request@lists.riseup.net
>>> [mailto:espectrolivre-request@lists.riseup.net] Em nome de Rafael
>>> Diniz Enviada em: terça-feira, 29 de setembro de 2015 12:16 Para:
>>> espectrolivre@lists.riseup.net Assunto: [espectrolivre] Migração
>>> para do AM para o FM, a quem interessa?
>>
>>> Estamos desenvolvendo esse texto.
>>
>>> Vejam oque acham!
>>
>>> Migração para do AM para o FM, a quem interessa?
>>
>>> No dia 7 de novembro de 2013 foi assinado pela presidenta Dilma o
>>> Decreto 8.139, que trata sobre a extinção do serviço de
>>> radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local. Este decreto
>>> permite que as emissoras AM (ondas médias) possam migrar para o FM
>>> (VHF) mediante pagamento de um valor de adaptação de outorga, tido
>>> como exorbitante especificamente para emissoras AM locais. Caso as
>>> mesmas, optem por não migrar para o  FM, deverão requisitar o
>>> reenquadramento da outorga para caráter regional, com maior
>>> potência, caso contrário a outorga não será renovada. Emissoras de
>>> maior potência (regionais ou nacionais) também podem solicitar a
>>> migração para FM.
>>
>>> A faixa de AM está compreendida entre 540 kHz e 1610 kHz, na faixa
>>> de Ondas Medias, e possui características de propagação muito
>>> interessantes, permitindo que uma emissora consiga transmitir seu
>>> sinal através de regiões com topografia acidentada, pois a emissão
>>> tende a acompanhar o perfil do terreno. No período noturno um sinal
>>> em OM é refletido pela ionosfera, permitindo que uma emissora possa
>>> ter alcance de centenas de quilômetros de raio.
>>
>>> A  faixa de FM está compreendida entre 88 MHz e 108 MHz, na faixa
>>> de VHF. Sua principal característica é a direcionalidade, que pode
>>> ser bom, ou pode mesmo prejudicar, pois essa faixa de frequência se
>>> propaga de forma análoga à luz, sempre em linha reta, sendo
>>> bloqueada ou refletida por obstáculos naturais e artificiais, como
>>> montanhas, edifícios, grandes construções, etc. Seu comportamento
>>> não varia significantemente de dia ou de noite.
>>
>>> Com o uso do padrão de rádio digital, Digital Radio Mondiale (DRM)
>>> é possível a digitalização de todas as bandas do rádio, tornando
>>> totalmente desnecessária essa migração.
>>
>>> No contexto do Decreto 8.139, uma emissora OM que opte por não
>>> migrar para o FM, pode passar a transmitir em digital utilizando o
>>> padrão DRM, transmitindo no modo simulcast (simultâneo) AM/DRM, que
>>> mantém o AM analógico inalterado, preservando o parque de antenas e
>>> a maioria dos equipamentos. O sinal DRM no modo simulcast é
>>> posicionado em um único canal adjacente ao sinal AM.
>>
>>> Muitas emissoras em AM que usam transmissores como Nautel ou BT,
>>> por         exemplo, já estão prontas para o DRM. Na Índia as
>>> emissoras em Ondas Médias já estão transmitindo em simulcast
>>> AM/DRM, e receptores compatíveis com DRM já estão sendo feitos
>>> nacionalmente. Atualmente são mais de oitocentos milhões de
>>> habitantes na India cobertos com sinal de emissoras transmitindo na
>>> faixa de AM (Ondas médias) em DRM.
>>
>>> Uma estação de rádio em Ondas Médias (AM) transmitindo em DRM tem
>>> seu áudio com qualidade superior ao de uma emissora FM analógica.
>>> Além disso, o rádio digital permite a multiprogramação, áudio 5.1,
>>> recursos como envio de textos e imagens, conteúdos multimídia,
>>> alerta de emergência (EWF) e outros serviços, como aplicações
>>> interativas para o Ginga, que é a plataforma de interatividade da
>>> TV Digital, já definida para ser utilizada com o DRM.
>>
>>> Enquanto alguns países já estão desligando o FM analógico, o Brasil
>>> está indo na contramão da evolução tecnológica, propondo a migração
>>> de um sistema analógico em Ondas Médias para um sistema igualmente
>>> analógico em VHF (FM) e com mais um agravante: o espectro em VHF
>>> nos grandes centros está lotado. Por que não evoluir o sistema de
>>> AM, do analógico para digital, a um custo muito menor, preservando
>>> uma grande parte dos equipamentos hoje existentes e transmitindo um
>>> áudio de excelente qualidade, e ainda com um consumo de energia
>>> muito menor?
>>
>>> Por que não repetir o sucesso do Sistema de TV Digital Brasileira,
>>> que já está sendo adotado por vários países?
>>
>>> Outro ponto muito importante que não podemos omitir é que muitas
>>> emissoras em Ondas Médias tem um caráter local, atendendo muitas
>>> comunidades compostas por grupos minoritários. Sua migração para
>>> VHF (FM) ou um eventual aumento de potência, para se tornarem
>>> regionais será economicamente e tecnicamente inviável para locais
>>> de topografia complexa. Portanto, aplicado o decreto vigente em seu
>>> formato atual, muitas comunidades ficarão "no escuro". Assim,
>>> propõe-se que as rádios locais em Ondas Médias que desejarem manter
>>> sua abrangência, deverão fazê-lo no modelo simulcast AM/DRM.
>>
>>> No entanto, teria sido muito mais interessante do ponto de vista
>>> tecnológico, para as emissoras que realmente desejem migrar para a
>>> faixa de FM, (VHF), que migrassem já em DRM. Aí sim teríamos uma
>>> evolução tecnológica no sistema de rádio brasileiro.
>>
>>> É urgente a decisão de qual será o modelo de referência do Sistema
>>> Brasileiro de Radio Digital para que a agonizante indústria de
>>> transmissores e receptores nacionais possa colocar equipamentos
>>> digitais no mercado e volte a vender.
>>
>>> A melhor opção para o sistema brasileiro de rádio digital é o DRM,
>>> pois em termos técnicos é o único sistema que atende todas as
>>> faixas de frequência, (OM, OT, OC, e VHF) e em termos de modelo de
>>> negócio, é o único com código aberto, sem necessidades de licenças
>>> para desenvolvimento de transmissores e receptores pela indústria
>>> nacional. Também é possível sua implantação pelas rádios
>>> comunitárias, pois o DRM funciona em baixa, média e alta potência.
>>> A economia de energia elétrica é relevante, sendo possível cobrir a
>>> mesma área com menos da metade de consumo de energia.
>>
>>> O DRM foi desenvolvido por um consórcio de várias organizações
>>> públicas de radiodifusão, empresas privadas ligadas ao setor de
>>> transmissão e recepção, universidades, centros de pesquisas, dentre
>>> outros órgãos e instituições. O DRM é um padrão totalmente aberto,
>>> sendo que todas as normas estão disponíveis na Internet, assim como
>>> o ISDB-Tb (utilizado na TV Digital Brasileira).
>>
>>> Além disso, o codificador de áudio do DRM, é o mesmo da TV Digital,
>>> o MPEG4 AAC. O middleware Ginga, plataforma para interatividade que
>>> foi a contribuição brasileira ao Sistema Brasileiro de TV Digital,
>>> já possui suporte feito pela PUC-Rio para ser utilizado sobre o
>>> DRM.
>>
>>> O outro sistema que está sendo considerado para adoção pelo país é
>>> o HD Radio (HD significa Hybrid Digital), desenvolvido e de
>>> propriedade da empresa norte-americana Ibiquity. Por ser um sistema
>>> proprietário e fechado, todos os seus códigos de funcionamento são
>>> segredos industriais conhecidos apenas pelo seus proprietários.
>>> Entre suas características conhecidas estão as seguintes:
>>
>>> Ocupa o dobro da largura de banda do DRM, sem prover uma taxa de
>>> transmissão superior. O HD Radio, sendo um padrão híbrido (HD
>>> significa Hybrid Digital), concebido para permanecer junto ao sinal
>>> analógico, não permitirá um futuro apagão do analógico de forma a
>>> permitir a otimização do espectro.
>>
>>
>>> Apesar de funcionar em OM e VHF, as poucas emissoras o utilizam o
>>> HD Radio em OM nos Estados Unidos estão desligando o sinal digital,
>>> por ter uma performance muito ruim. Atualmente, são mais as
>>> emissoras abandonando o HD do que aquelas que estão o adotando como
>>> padrão.
>>
>>
>>> Grande parte do HD Radio é segredo industrial, incluindo o
>>> codificador de áudio, conhecido como HDC assim como os protocolos
>>> para transmissão de conteúdo multimídia e outros serviços
>>> digitais.
>>
>>
>>> O HD Radio, diferentemente de qualquer outro padrão da ITU para
>>> radiodifusão, cobra licença de uso do sistema. No momento que a
>>> emissora entra no ar uma taxa de milhares de dólares é paga, e
>>> anualmente as emissoras devem pagam para a Ibiquity uma taxa de
>>> uso.
>>
>>
>>> O HD Radio possui poucos modos de configuração, sendo um sistema
>>> engessado, no qual somente uma empresa controla seu
>>> desenvolvimento. Essa empresa é a norte-americana Ibiquity
>>> Digital.
>>
>>
>>> As diretrizes do rádio digital no Brasil são dadas pela Portaria nº
>>> 290/2010 do Ministério das Comunicações, que indica claramente que
>>> o único padrão passível de adoção no Brasil é o Digital Radio
>>> Mondiale, visto que o HD Radio contraria vários parágrafos da
>>> portaria, como por exemplo:
>>
>>> Art. 3º da Portaria 290/2010 de 30 de março de 2010, que norteia a
>>> digitalização do rádio no Brasil, diz:
>>
>>
>>> I- promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a
>>> língua pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à
>>> democratização da informação;
>>
>>> DRM: Funciona em Ondas Curtas, essencial para as regiões distantes
>>> dos grandes centros, como forma de integração nacional. Fácil
>>> instalação e sem a necessidade de infraestruturas complexas. Apenas
>>> um pedaço de fio e já é possível ouvir uma  estação de rádio.
>>> Também as rádios comunitárias se beneficiariam com a adoção do DRM,
>>> pois esse sistema tem um ótimo desempenho em baixa potência, o que
>>> não ocorre com o HD radio. ATENDE
>>
>>> (Obs do Daniel: podemos aqui colocar a possibilidade de ter uns 3
>>> TX na mesma frequência em Long Interleaving 2s para cobrir uma área
>>> como o Brasil? Será que isso funcionaria? Isso seria algo
>>> fantástico de ser feito e com potência relativamente baixa em
>>> relação a área coberta.)
>>
>>
>>> HD Radio: Não promove a integração nacional pois não funciona em
>>> ondas curtas, ficando restrito aos grandes centros. Não serve para
>>> potências baixas. NÃO ATENDE.
>>
>>
>>
>>
>>> IV-  propiciar a transferência de tecnologia para a indústria
>>> brasileira de transmissores e receptores, garantida, onde couber, a
>>> isenção de royalties;
>>
>>> DRM: Atende, pois por ser um sistema aberto, com todos os padrões e
>>> normas divulgadas publicamente (internet), pode ser utilizado por
>>> qualquer um, sem a necessidade de pagamento de licenças. ATENDE.
>>
>>
>>> HD Radio: Sistema proprietário com tecnologia fechada. Não haverá
>>> acesso à tecnologia e se houver, será restrita e limitada. É uma
>>> "Caixa Preta". Há necessidade de pagamento de licenças para
>>> transmissores e receptores, onerando a fabricação dos mesmos Para a
>>> emissora que adotá-lo, existe a necessidade de pagamento de taxas
>>> para o seu uso, taxas essas que aumentam de acordo com os recursos
>>> implementados. NÃO ATENDE.
>>
>>
>>
>>> V- possibilitar a participação de instituições brasileiras de
>>> ensino e pesquisa no ajuste e melhoria do sistema de acordo com a
>>> necessidade do País;
>>
>>> DRM: Sistema aberto, padronizado por normas internacionais,
>>> possibilita seu aprimoramento por pesquisadores e desenvolvedores.
>>> Um exemplo é a contribuição brasileira, com a inclusão da
>>> interatividade através do GINGA. ATENDE.
>>
>>
>>> HD Radio: Não há abertura de sua tecnologia e portanto não
>>> acessível aos pesquisadores. NÃO ATENDE.
>>
>>
>>
>>> VI- incentivar a indústria regional e local na produção de
>>> instrumentos e serviços digitais;
>>
>>> DRM: Isenção de taxas de uso. Menor custo para toda a cadeia, desde
>>> transmissores até os receptores e emissoras. ATENDE.
>>
>>
>>> HD Radio: Maior custo para pagamento das licenças de uso e
>>> manutenção das emissoras. Quanto mais recursos implementados, mais
>>> taxas deverão ser pagas. NÃO ATENDE.
>>
>>
>>
>>> VIII- proporcionar a utilização eficiente do espectro de
>>> radiofrequência
>>
>>> DRM: Canal único digital, que ocupa o mesmo espaço de um sinal
>>> analógico. ATENDE.
>>
>>
>>> HD Radio: Utiliza 2 portadoras digitais laterais, além da
>>> analógica, ocupando desta forma o espaço de 3 canais. Dificuldade
>>> em equilibrar interferências entre os sinais digital e analógico.
>>> Não funciona sem o sinal analógico, ou seja, nunca poderá ser Full
>>> Digital. Sempre dependerá da portadora analógica. NÃO ATENDE.
>>
>>
>>
>>> XI- propiciar vários modos de configuração considerando as
>>> particularidades de propagação do sinal em cada região brasileira;
>>
>>> DRM: Por permitir diversos modos de transmissão, pode funcionar em
>>> Ondas Médias, Ondas Tropicais, Ondas Curtas, e VHF, podendo ser
>>> configurado, de forma a adequar a transmissão de acordo com a
>>> necessidades da área a ser atendida. ATENDE.
>>
>>
>>> HD Radio: É um sistema "engessado" não possibilitando mudanças nos
>>> seus modos de transmissão. Performance insuficiente em Ondas Médias
>>> e inexistente em OT, e OC. NÃO ATENDE.
>>
>>
>>
>>> O Rádio no Brasil sofre com a queda contínua de investimentos, de
>>> audiência, de produção industrial e de políticas públicas
>>> coerentes. O decreto 8139, que trata da migração de AM para FM
>>> direciona o setor para o passado e para a falência.
>>
>>> Todo o setor de radiodifusão, necessita urgentemente, de que o
>>> modelo de referência do Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD)
>>> seja definido o mais breve possível pelo governo, principalmente no
>>> sentido de dar opções sólidas e tecnicamente viáveis, para as
>>> emissoras em Ondas Médias, Ondas Tropicais e Ondas Curtas, nesse
>>> momento difícil da economia. Essas ações permitirão que a indústria
>>> brasileira possa desenvolver e colocar no mercado produtos 100%
>>> nacionais e para que a sociedade possa desfrutar de um maior
>>> conforto e conveniência desse conhecido meio de comunicação que é o
>>> rádio, mantendo-se em sintonia com a convergência digital dos
>>> meios, mas sem abandonar a autonomia que radiodifusão pelo ar
>>> proporciona, já que não utiliza internet ou meios cabeados para a
>>> sua propagação, tornando-se um meio de baixo custo e de contato
>>> direto entre o gerador de conteúdo e o ouvinte, sem intermediários
>>> e sem infraestrutura complexa. Apenas com um rádio de pilhas.
>>
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>>
>>
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