(IMAGEM DO MANIFESTO - arquivo anexo)
MANIFESTO do Dia 20 de Junho
Para a Cultura em Rio Claro
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20 de Junho de 2012 - Dia que marca a Arte e Cultura em Rio Claro. Marca como continuidade, como processo, vivo, orgânico, dinâmico e inconstante. Em um mesmo dia, quem diria, teria Votação na Câmara e Ocupação de uma Casa como coisas importantes para a arte e cultura na cidade.
Na Câmara: ocorrerá a 1ª Votação do Conselho Municipal de Política Cultural. A Casa: ocupação artística-cultural da ex-casa de Paulo Rodrigues (Grupo Banzo). Ambas atividades no mesmo dia? Seria então um protesto de quem está na casa contra as propostas de políticas culturais que estão para serem votadas na Câmara Municipal de Vereadores? NÃO. E aqui vou contar a história, sob uma das minhas versões. Eu, que sou também um dos que vivi, e vivo ambas as situações estando dentro do processo.
Paulo Rodrigues foi um crítico contestador e provocador, não há como negar sua atuação engajada nas políticas, nas culturas e nas artes, prezando pela comunicação e meio ambiente. Não gostava de ter rabo preso com a lógica dos Governos e seus Governantes, menos ainda lhe agradava a lógica mercadológica privada. Porém ele sabia da importância da Política, e atuava nela com clareza do Poder que a lógica Comunitária tem. Atuava mais na política 'informal', dos grupos organizados, dos movimentos, dos encontros em rodas, mas o Grupo Banzo também teve atuação na propositura de mais de uma lei configurando atuação na política 'formal'. Em vídeo está registrada uma das principais Leis propostas, a de Defesa dos Patrimônios Históricos. O Grupo também ficou conhecido por suas intervenções artísticas e culturais nas praças públicas.
Paulo acabou não vendo a transformação recente que a política cultural brasileira tem passado. Principalmente a partir de 2008, ano de seu falecimento. Brasil transformou o que se entendia como Cultura enquanto política pública, principalmente com o avanço de Programas como o 'Cultura Viva' e Projetos como os 'Pontos de Cultura' além de Consultas Públicas para propostas de alterações de leis, e nesse contexto inclui-se também a realização de Conferências de Cultura – tanto Nacionais, quanto Estaduais, Regionais e Municipais. Nesse momento, passa-se a se compreender (e praticar) que Cultura, quando valorizada e fomentada na sua diversidade, e para além das artes e linguagens artísticas, é um fator transversal de mudança em todas as esferas de uma sociedade e de uma civilização. E mais, passa-se a ser defendido e propagado que quem faz Cultura não são os Governos, não é o Estado, e sim o povo nos seus modos de ser e ver a vida e nos jeitos e trejeitos de se organizar no mundo.
Neste contexto fica evidente que se faz cada vez mais necessária garantir maior participação da sociedade, principalmente do povo, em toda a sua complexa diversidade, nas decisões políticas que envolvem a temática plural da Cultura. É necessário evoluir no Controle Social da sociedade sobre os governos, e nesse sentido fica-se evidente a importância de um Conselho Municipal de Política Cultural existir para garantir participação dos fazedores de cultura, por exemplo, na deliberação sobre as verbas do Fundo Municipal de Cultura para projetos diversos dos mais variados grupos culturais e artísticos, além de fiscalizar os gastos e investimentos pretendidos dentro do orçamento da Secretaria de Cultura.
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Na noite do dia 20 de Junho, entre 19h00 e 21h00, será a 1ª votação da proposta de Lei da criação deste Conselho – fruto de insistência e resistência de Grupos da sociedade civil articulados em Rede.
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A Rede é o "Arte Cultura Rio Claro" ou "Movimento Arte Cultura Rio Claro" também identificado com a sigla "MARCÔ". Esta 'Rede-Movimento' consiste em um conjunto de grupos e pessoas ligadas ao setor cultural da Cidade funcionando como um Fórum Virtual e Presencial no qual se divulgam atividades, eventos, projetos. Nela também vem se debatendo as políticas culturais no país, estado e município a cerca de 4 anos, desde Agosto de 2008 – data da criação desta Rede.
Tal articulação no município surge impulsionada pelas mobilizações estaduais e federais dos 'Pontos de Cultura' e do 'Cultura Viva', tanto assim é que Rio Claro foi a primeira cidade do interior do Estado de São Paulo a sediar uma reunião da Comissão Paulista dos Pontos de Cultura.
Ao revisitar a história recente do setor cultural e suas organizações no município é possível ver a importância desta Rede na renovação do cenário da cidade no debate sobre Arte e Cultura. Desde 1995 vem sendo discutida a criação de um "Conselho Municipal de Cultura", porém a partir de 2003 passa-se a se ter um grande desentendimento e desgaste entre os que na época se mobilizavam, e desde 2003 as articulações neste sentido já não tinham mais tanta força e a cidade acaba, assim, ficando mais de quatro anos sem grandes debates propondo avanços na arte e cultura para o município.
"Conselho Municipal de Cultura" é um conceito já do passado – hoje o que é defendido e proposto pelo Brasil afora é: "Conselho Municipal de Política Cultural". Porém é ainda assim que consta escrito nos Planos Diretores de mais de uma gestão da prefeitura, e consta também na Lei Orgânica do Município. Portanto, aqui fica claro que esta construção vêm de muitos anos, de tempos e gerações. Mas que até este ano ficava apenas em ideias, e agora se torna real.
Os participantes da 'Rede-Movimento' têm acompanhado a construção e aplicação do Sistema Nacional de Cultura, e discutindo alternativas para sua implementação em Rio Claro, principalmente a partir dos documentos oficiais e da experiência de outros municípios que tiveram êxito na execução das suas políticas culturais. Por conta disso os membros da 'Rede-Movimento' participaram ativamente dos debates relativos à construção da 1ª Conferência de Política Cultural em nossa cidade, organizada pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura. Uma conferência é um espaço público de debates, um mecanismo institucional de democracia participativa com o povo, a sociedade, a comunidade, participando mais diretamente do Governo. Em Rio Claro a 1ª Conferência ocorreu nos dias 21, 22 e 29 de outubro de 2011, convocada pelo decreto nº 9321 de 07 de junho de 2011, presente no Diário Oficial Municipal de 10 de Junho de 2011.
O Movimento está, neste momento, preocupado com a continuidade deste processo e não pretende deixar que este assunto seja esquecido. Consideram de extrema importância o encaminhamento com urgência das principais propostas aprovadas em Conferência, principalmente aquelas necessárias à adesão do município ao Sistema Nacional de Cultura, a saber: a criação do Conselho Municipal de Política Cultural, a criação do Sistema Municipal de Financiamento (Lei Municipal de Incentivo a Cultura, e principalmente a Lei do Fundo Municipal de Cultura, que garante aumento de verba para a cultura na cidade através do repasse Fundo Nacional para Fundo Municipal), e a criação do Plano de Cultura Municipal decenal (de 10 anos, sendo revisado de tempos em tempos, e com base nas demandas apresentadas em Conferência) - consolidando, assim, a criação e institucionalização do Sistema Municipal de Cultura.
Pela narrativa acima é clara e evidente a importância do passo que está sendo dado em Rio Claro com a criação do Conselho Municipal de Política Cultural.
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PARA ALÉM DAS POLÍTICAS 'FORMAIS'.
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Para além das Políticas 'formais', há nesse meio tempo a criação recente, neste ano de 2012, do projeto "Artistas Públicos – Ocupações Culturais". A vontade de ter uma cidade mais artística, dar maior visibilidade para as diversidades culturais existentes, além de impulsionar e incentivar novos grupos e fazedores de cultura – é com essa vontade que surge o "Artistas Públicos – Ocupações Culturais".
O nome do projeto vem da vontade de aproximar o Artista do Público e vice-versa, chamar todos que queiram a também Ocuparem a cidade de um modo mais Cultural. A ideia central, no momento (como uma primeira atuação), é ocupar artisticamente a cidade de Rio Claro no dia de seu aniversário (24 de Junho) – para isso, no Desfile Cívico há tanto abertura pela Cia Tempero D'alma, como herança das conquistas da Cia Quanta de Teatro, quanto também abertura pela Secretaria de Educação, através da Gisele Rodrigues (coordenadora do Ensino Fundamental II).
A proposta, nesta primeira atuação, é realizar intervenções levando Arte e Cultura, para dentro do desfile cívico, principalmente no 'Bloco da Educação' que é composto por 07 alas, 21 escolas municipais e mais de 220 pessoas entre crianças e professores. Além do desfile em si, há também a proposta de ocorrer intervenções visuais na madrugada do dia anterior (dia 23 para o dia 24) no Jardim Público, incluindo Coreto, Estátuas e Árvores, e também na região ao redor de onde se concentra o desfile cívico. A partir dessa proposta concretiza-se mais uma ação de Ocupação Cultural na Cidade. Ao se propor ocupar o Jardim Público para fazer intervenção artística, pensamos no 'Quanta Cultura' da Cia Quanta de Teatro, e quando tal intervenção é crítica de modo artístico inevitavelmente nos faz lembrar também do Grupo Banzo com a clássica foto da baldada d'agua dada no busto de uma das estátuas na simbologia da necessidade de uma limpeza. Limpeza que muito se aproxima da temática do Desfile deste ano que é também incorporada pela proposta de Intervenção cujo tema é "Lixo".
Outras ocupações com Saraus (lembrando o Sarau Paulo Rodrigues), Cortejos, Eventos e Encontros já estão sendo pensados e planejados, além da intenção de construir um calendário congregando eventos e projetos de grupos, para que assim o Movimento não seja pontual e eventual, mas sim seja composto com ações e ocupações permanentes.
As reuniões de trabalhos e debates teve o primeiro encontro sendo realizado no prédio do Centro de Voluntariado – Ponto de Cultura, as demais foram realizadas no Centro Cultural Municipal Roberto Palmari. No entanto na intenção de Ocupar a ex-casa de Paulo Rodrigues com ações e projetos Artísticos e Culturais, a última reunião dos 'Artistas Públicos – Ocupações Culturais' antes do Desfile, e todas as demais daqui para frente, pretendem-se ser realizadas em tal localidade histórica na cidade de Rio Claro.
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A primeira reunião na ex-casa de Paulo Rodrigues para se fazer uma intervenção no Jardim Público em pleno aniversário da cidade será também na noite do dia 20 de Junho de 2012, das 21h00 às 23h00.
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Paulo Rodrigues faleceu em 2008 e em seu testamento deixa de herança seus bens materiais para três pessoas próximas de sua confiança, e com isso deixou também a obrigação de criarem uma instituição para organizar os materiais históricos, que possibilite a realização de projetos culturais e artísticos em sua casa, na região central da cidade. A partir disso outras pessoas somam-se a estas três para viabilizar as papeladas da criação de tal instituição. Porém, neste meio tempo, por conta de desentendimentos, os projetos que tentaram se continuar, e outros que tentaram ser criados não foram para frente. E por conta de desentendimentos inclusive a parte da papelada, foco dos trabalhos até então, acaba não se concretizando também.
Em 2011, diversos grupos culturais, artistas e fazedores de cultura se juntam no começo do ano para realizarem o "Sarau Paulo Rodrigues". O Sarau aconteceu durante os primeiros meses deste ano, toda semana, em 04 bairros populares da cidade de Rio Claro, levando diversas manifestações culturais e linguagens artísticas. Neste imenso grupo de organização do Sarau estavam representados muitos grupos e diversos artistas. Somava-se a articulação de Movimentos como o do HipHop, com o de Políticas Culturais (o "MARCÔ"), entre tantos outros, e tendo apoio da Prefeitura, principalmente via Secretaria de Cultura. Nenhum dos herdeiros participou. Após algumas reuniões, e por conta de algumas críticas e avaliações internas dos participantes, a ação do Sarau foi parando, parando, até que não foi mais executada.
Em 2012, do fim de Maio para começo de Junho, um dos três herdeiros entrou em contato com um articulador e mobilizador cultural que também participou da 1ª Conferência Municipal de Política Cultural, também participou da organização do Sarau, também já esteve presente na reunião do 'Artistas Públicos'. Ele então chamou outro articulador e mobilizador cultural parceiro que também esteve em todos estes espaços e momentos, coordenando e organizando. Eles e outros mais chamaram mais pessoas, e na 2ªFeira dia 18 de Junho já foi realizada a primeira atividade cultural e artística na ex-casa do Paulo Rodrigues, o 'Cine Banzo'. Os filmes exibidos foram "Figueira de São Benedito" e "A Luta pelo Patrimônio Histórico de Rio Claro". O primeiro mostra uma história recente, em 2007, e a juventude se organizando e fazendo ação cultural junto às experiências acumuladas. O segundo mostra uma história já não tão recente, mas mostra a luta por aprovação de uma Lei que fortaleceria a Cultura na cidade. No dia 20 de Junho de 2012 é a história no presente: a Lei agora é a do Conselho e a ação na prática é tanto a ocupação de uma casa cultural, quanto intervenção artística de espaço público. Viva a Cultura Viva!
Para a Cultura em Rio Claro
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20 de Junho de 2012 - Dia que marca a Arte e Cultura em Rio Claro. Marca como continuidade, como processo, vivo, orgânico, dinâmico e inconstante. Em um mesmo dia, quem diria, teria Votação na Câmara e Ocupação de uma Casa como coisas importantes para a arte e cultura na cidade.
Na Câmara: ocorrerá a 1ª Votação do Conselho Municipal de Política Cultural. A Casa: ocupação artística-cultural da ex-casa de Paulo Rodrigues (Grupo Banzo). Ambas atividades no mesmo dia? Seria então um protesto de quem está na casa contra as propostas de políticas culturais que estão para serem votadas na Câmara Municipal de Vereadores? NÃO. E aqui vou contar a história, sob uma das minhas versões. Eu, que sou também um dos que vivi, e vivo ambas as situações estando dentro do processo.
Paulo Rodrigues foi um crítico contestador e provocador, não há como negar sua atuação engajada nas políticas, nas culturas e nas artes, prezando pela comunicação e meio ambiente. Não gostava de ter rabo preso com a lógica dos Governos e seus Governantes, menos ainda lhe agradava a lógica mercadológica privada. Porém ele sabia da importância da Política, e atuava nela com clareza do Poder que a lógica Comunitária tem. Atuava mais na política 'informal', dos grupos organizados, dos movimentos, dos encontros em rodas, mas o Grupo Banzo também teve atuação na propositura de mais de uma lei configurando atuação na política 'formal'. Em vídeo está registrada uma das principais Leis propostas, a de Defesa dos Patrimônios Históricos. O Grupo também ficou conhecido por suas intervenções artísticas e culturais nas praças públicas.
Paulo acabou não vendo a transformação recente que a política cultural brasileira tem passado. Principalmente a partir de 2008, ano de seu falecimento. Brasil transformou o que se entendia como Cultura enquanto política pública, principalmente com o avanço de Programas como o 'Cultura Viva' e Projetos como os 'Pontos de Cultura' além de Consultas Públicas para propostas de alterações de leis, e nesse contexto inclui-se também a realização de Conferências de Cultura – tanto Nacionais, quanto Estaduais, Regionais e Municipais. Nesse momento, passa-se a se compreender (e praticar) que Cultura, quando valorizada e fomentada na sua diversidade, e para além das artes e linguagens artísticas, é um fator transversal de mudança em todas as esferas de uma sociedade e de uma civilização. E mais, passa-se a ser defendido e propagado que quem faz Cultura não são os Governos, não é o Estado, e sim o povo nos seus modos de ser e ver a vida e nos jeitos e trejeitos de se organizar no mundo.
Neste contexto fica evidente que se faz cada vez mais necessária garantir maior participação da sociedade, principalmente do povo, em toda a sua complexa diversidade, nas decisões políticas que envolvem a temática plural da Cultura. É necessário evoluir no Controle Social da sociedade sobre os governos, e nesse sentido fica-se evidente a importância de um Conselho Municipal de Política Cultural existir para garantir participação dos fazedores de cultura, por exemplo, na deliberação sobre as verbas do Fundo Municipal de Cultura para projetos diversos dos mais variados grupos culturais e artísticos, além de fiscalizar os gastos e investimentos pretendidos dentro do orçamento da Secretaria de Cultura.
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Na noite do dia 20 de Junho, entre 19h00 e 21h00, será a 1ª votação da proposta de Lei da criação deste Conselho – fruto de insistência e resistência de Grupos da sociedade civil articulados em Rede.
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A Rede é o "Arte Cultura Rio Claro" ou "Movimento Arte Cultura Rio Claro" também identificado com a sigla "MARCÔ". Esta 'Rede-Movimento' consiste em um conjunto de grupos e pessoas ligadas ao setor cultural da Cidade funcionando como um Fórum Virtual e Presencial no qual se divulgam atividades, eventos, projetos. Nela também vem se debatendo as políticas culturais no país, estado e município a cerca de 4 anos, desde Agosto de 2008 – data da criação desta Rede.
Tal articulação no município surge impulsionada pelas mobilizações estaduais e federais dos 'Pontos de Cultura' e do 'Cultura Viva', tanto assim é que Rio Claro foi a primeira cidade do interior do Estado de São Paulo a sediar uma reunião da Comissão Paulista dos Pontos de Cultura.
Ao revisitar a história recente do setor cultural e suas organizações no município é possível ver a importância desta Rede na renovação do cenário da cidade no debate sobre Arte e Cultura. Desde 1995 vem sendo discutida a criação de um "Conselho Municipal de Cultura", porém a partir de 2003 passa-se a se ter um grande desentendimento e desgaste entre os que na época se mobilizavam, e desde 2003 as articulações neste sentido já não tinham mais tanta força e a cidade acaba, assim, ficando mais de quatro anos sem grandes debates propondo avanços na arte e cultura para o município.
"Conselho Municipal de Cultura" é um conceito já do passado – hoje o que é defendido e proposto pelo Brasil afora é: "Conselho Municipal de Política Cultural". Porém é ainda assim que consta escrito nos Planos Diretores de mais de uma gestão da prefeitura, e consta também na Lei Orgânica do Município. Portanto, aqui fica claro que esta construção vêm de muitos anos, de tempos e gerações. Mas que até este ano ficava apenas em ideias, e agora se torna real.
Os participantes da 'Rede-Movimento' têm acompanhado a construção e aplicação do Sistema Nacional de Cultura, e discutindo alternativas para sua implementação em Rio Claro, principalmente a partir dos documentos oficiais e da experiência de outros municípios que tiveram êxito na execução das suas políticas culturais. Por conta disso os membros da 'Rede-Movimento' participaram ativamente dos debates relativos à construção da 1ª Conferência de Política Cultural em nossa cidade, organizada pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura. Uma conferência é um espaço público de debates, um mecanismo institucional de democracia participativa com o povo, a sociedade, a comunidade, participando mais diretamente do Governo. Em Rio Claro a 1ª Conferência ocorreu nos dias 21, 22 e 29 de outubro de 2011, convocada pelo decreto nº 9321 de 07 de junho de 2011, presente no Diário Oficial Municipal de 10 de Junho de 2011.
O Movimento está, neste momento, preocupado com a continuidade deste processo e não pretende deixar que este assunto seja esquecido. Consideram de extrema importância o encaminhamento com urgência das principais propostas aprovadas em Conferência, principalmente aquelas necessárias à adesão do município ao Sistema Nacional de Cultura, a saber: a criação do Conselho Municipal de Política Cultural, a criação do Sistema Municipal de Financiamento (Lei Municipal de Incentivo a Cultura, e principalmente a Lei do Fundo Municipal de Cultura, que garante aumento de verba para a cultura na cidade através do repasse Fundo Nacional para Fundo Municipal), e a criação do Plano de Cultura Municipal decenal (de 10 anos, sendo revisado de tempos em tempos, e com base nas demandas apresentadas em Conferência) - consolidando, assim, a criação e institucionalização do Sistema Municipal de Cultura.
Pela narrativa acima é clara e evidente a importância do passo que está sendo dado em Rio Claro com a criação do Conselho Municipal de Política Cultural.
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PARA ALÉM DAS POLÍTICAS 'FORMAIS'.
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Para além das Políticas 'formais', há nesse meio tempo a criação recente, neste ano de 2012, do projeto "Artistas Públicos – Ocupações Culturais". A vontade de ter uma cidade mais artística, dar maior visibilidade para as diversidades culturais existentes, além de impulsionar e incentivar novos grupos e fazedores de cultura – é com essa vontade que surge o "Artistas Públicos – Ocupações Culturais".
O nome do projeto vem da vontade de aproximar o Artista do Público e vice-versa, chamar todos que queiram a também Ocuparem a cidade de um modo mais Cultural. A ideia central, no momento (como uma primeira atuação), é ocupar artisticamente a cidade de Rio Claro no dia de seu aniversário (24 de Junho) – para isso, no Desfile Cívico há tanto abertura pela Cia Tempero D'alma, como herança das conquistas da Cia Quanta de Teatro, quanto também abertura pela Secretaria de Educação, através da Gisele Rodrigues (coordenadora do Ensino Fundamental II).
A proposta, nesta primeira atuação, é realizar intervenções levando Arte e Cultura, para dentro do desfile cívico, principalmente no 'Bloco da Educação' que é composto por 07 alas, 21 escolas municipais e mais de 220 pessoas entre crianças e professores. Além do desfile em si, há também a proposta de ocorrer intervenções visuais na madrugada do dia anterior (dia 23 para o dia 24) no Jardim Público, incluindo Coreto, Estátuas e Árvores, e também na região ao redor de onde se concentra o desfile cívico. A partir dessa proposta concretiza-se mais uma ação de Ocupação Cultural na Cidade. Ao se propor ocupar o Jardim Público para fazer intervenção artística, pensamos no 'Quanta Cultura' da Cia Quanta de Teatro, e quando tal intervenção é crítica de modo artístico inevitavelmente nos faz lembrar também do Grupo Banzo com a clássica foto da baldada d'agua dada no busto de uma das estátuas na simbologia da necessidade de uma limpeza. Limpeza que muito se aproxima da temática do Desfile deste ano que é também incorporada pela proposta de Intervenção cujo tema é "Lixo".
Outras ocupações com Saraus (lembrando o Sarau Paulo Rodrigues), Cortejos, Eventos e Encontros já estão sendo pensados e planejados, além da intenção de construir um calendário congregando eventos e projetos de grupos, para que assim o Movimento não seja pontual e eventual, mas sim seja composto com ações e ocupações permanentes.
As reuniões de trabalhos e debates teve o primeiro encontro sendo realizado no prédio do Centro de Voluntariado – Ponto de Cultura, as demais foram realizadas no Centro Cultural Municipal Roberto Palmari. No entanto na intenção de Ocupar a ex-casa de Paulo Rodrigues com ações e projetos Artísticos e Culturais, a última reunião dos 'Artistas Públicos – Ocupações Culturais' antes do Desfile, e todas as demais daqui para frente, pretendem-se ser realizadas em tal localidade histórica na cidade de Rio Claro.
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A primeira reunião na ex-casa de Paulo Rodrigues para se fazer uma intervenção no Jardim Público em pleno aniversário da cidade será também na noite do dia 20 de Junho de 2012, das 21h00 às 23h00.
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Paulo Rodrigues faleceu em 2008 e em seu testamento deixa de herança seus bens materiais para três pessoas próximas de sua confiança, e com isso deixou também a obrigação de criarem uma instituição para organizar os materiais históricos, que possibilite a realização de projetos culturais e artísticos em sua casa, na região central da cidade. A partir disso outras pessoas somam-se a estas três para viabilizar as papeladas da criação de tal instituição. Porém, neste meio tempo, por conta de desentendimentos, os projetos que tentaram se continuar, e outros que tentaram ser criados não foram para frente. E por conta de desentendimentos inclusive a parte da papelada, foco dos trabalhos até então, acaba não se concretizando também.
Em 2011, diversos grupos culturais, artistas e fazedores de cultura se juntam no começo do ano para realizarem o "Sarau Paulo Rodrigues". O Sarau aconteceu durante os primeiros meses deste ano, toda semana, em 04 bairros populares da cidade de Rio Claro, levando diversas manifestações culturais e linguagens artísticas. Neste imenso grupo de organização do Sarau estavam representados muitos grupos e diversos artistas. Somava-se a articulação de Movimentos como o do HipHop, com o de Políticas Culturais (o "MARCÔ"), entre tantos outros, e tendo apoio da Prefeitura, principalmente via Secretaria de Cultura. Nenhum dos herdeiros participou. Após algumas reuniões, e por conta de algumas críticas e avaliações internas dos participantes, a ação do Sarau foi parando, parando, até que não foi mais executada.
Em 2012, do fim de Maio para começo de Junho, um dos três herdeiros entrou em contato com um articulador e mobilizador cultural que também participou da 1ª Conferência Municipal de Política Cultural, também participou da organização do Sarau, também já esteve presente na reunião do 'Artistas Públicos'. Ele então chamou outro articulador e mobilizador cultural parceiro que também esteve em todos estes espaços e momentos, coordenando e organizando. Eles e outros mais chamaram mais pessoas, e na 2ªFeira dia 18 de Junho já foi realizada a primeira atividade cultural e artística na ex-casa do Paulo Rodrigues, o 'Cine Banzo'. Os filmes exibidos foram "Figueira de São Benedito" e "A Luta pelo Patrimônio Histórico de Rio Claro". O primeiro mostra uma história recente, em 2007, e a juventude se organizando e fazendo ação cultural junto às experiências acumuladas. O segundo mostra uma história já não tão recente, mas mostra a luta por aprovação de uma Lei que fortaleceria a Cultura na cidade. No dia 20 de Junho de 2012 é a história no presente: a Lei agora é a do Conselho e a ação na prática é tanto a ocupação de uma casa cultural, quanto intervenção artística de espaço público. Viva a Cultura Viva!
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"BINHO Perinotto" - Fábio Riani Costa Perinotto
Skype: binho.perinotto / Twitter: @BinhoPerinotto
(019) 35974139 - "PORTAL Central" (Casa Coletiva)
(019) 35338217 - Ponto de Cultura Rio Claro Cidade Viva
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