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[gtCD] Fwd: O BUROCRARITARISMO DO MINC X PONTOS DE CULTURA


 


O BUROCRARITARISMO DO MINC X PONTOS DE CULTURA
Em quatorze meses de gestão, a história do MinC mudou completamente o panorama da cultura brasileira. São nítidos, pelo comando do MinC, a deslealdade e o desamor pelo legado do governo Lula. Na verdade a atual gestão abriu várias frentes de batalha em uma guerra contra a sociedade brasilera para atender aos objetivos diretos do poder hegemônico.

A "reforma" por baixo dos panos está em sintonia com o que as corporações admitem como "democracia cultural". Na realidade podemos dizer que é o retorno do poder privado sobre cada janela que se abre na vida brasileira. A ligação orgânica do MinC com o Ecad a ponto de enxertá-lo com "notáveis conselheiros" do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, é de uma assombrosa falta de saúde moral, mas a ministra fez disso o seu direito fundamental baseada sempre no vácuo criado entre a legalidade e a moralidade. E é com essa perspectiva que o Ministério da Cultura criou uma espécie de observatório de burocrateiros que permitisse que, em grosso modo, a pauta das grandes corporações formulasse e articulasse junto com o MinC todas as demandas da pasta.

Por este ângulo é possível tecer considerações sobre a forma das novas "políticas públicas" para as ações da gestão anterior como os Pontos de Cultura numa gritante inversão de prioridades. Afirmo que não há uma ação complexa da atual gestão para dizimar o que os dirigentes já declararam contra os Pontos, classificando-os como caráter não mercadológico. Ou seja, um equipamento cultural sem importância para a infraestrutura física pautada pelas grandes corporações. Então, como não há exatamente um desenho institucional para descredenciar os Pontos de Cultura, os caciques do MinC chegaram à conclusão de que melhor seria usar os processos clássicos de envenenamento burocráticos para paralelamente impor a sua de associações de clubes dentro do MinC.

Ana de Hollanda, Antonio Grassi e Vitor Ortiz nunca se mostaram neutros, amáveis ou simpáticos à diversidade cultural brasileira. Para eles, a expressão de um povo se dá pelas definições do que é interpretado pelos gestores corporativos como "garantia de sobrevivência pelas artes", mesmo que esses objetivos inegavelmente reflitam uma dependência de verbas públicas absolutamente milionárias como o recente caso da chancela do MinC para que a Brahma pudesse usar a renúncia fiscal em uma série de rodeios.

Ora, essa política feita e polida no balcão que fez progredir com financiamento direto feiras de editoras Brasil afora, financiamento pra editoras estrangeiras, prêmios a balde a atravessadores regulares profissioais mostra que o MinC hoje goza de uma reputação que calha com a astúcia dos negócios entre Estado e setor privado. E esta forma de organização não cria uma vírgula sequer que possa gerar problemas às forças dominantes e, por isso, não fez outra coisa que não ser implacável na destruição da reforma da LDA no que ela tinha de essencial em prol da sociedade, além de travar a reforma da Lei Rouanet que atingiria frontalmente essa praga de fundações e institutos privados que oferece à sociedade uma espécie de prato selvagem do capitalismo cultural. Vide a imagem de posudo "pai das letras e das artes brasileiras", o Itaú Cultural e suas práticas concretas que hoje enfrenta um movimento de greve pela demissão de mais de quatro mil funcionários do Banco Itaú.

Mas o MinC não sabe exatamente como vai escapar da reação das pessoas envolvidas com os Pontos de Cultura, pois ninguém neste mundo pretende ficar em silêncio. Então, o MinC tenta construir uma montagem de uma burocracia totalitária, ficcional, cheia de curvas e terrenos movediços para entorpecer e penalizar os pontos por meio de um mergulho TOTALITÁRIO. Isso num governo democrático comandado pelo Partido dos Trabalhadores. Na verdade o MinC vem criando na base do empurrão uma pratica venal nas relações institucionais da cultura para punir os Pontos de Cultura que pode ser classificada de burocraritarismo.





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