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[gtCD] Re: esclarecimentos e encaminhamentos da análise das redes [ERA: Sobre saídas da Metarec, Lista nova?, somos nomencriaturas, mas bah!!!, abrindo as redes no pé de cabra, análise das redes X do fim e outras mais]

1) Coisificação, transformação da pessoa em dados.
R: Alguém, por ter 72kg não deixa de ter pernas, ou de falar português
ou de enxergar, etc.
Estas análises mostram apenas 1 aspecto da pessoa, ou, menos ainda,
apenas 1 aspecto da
participação da lista de 1 possível pessoa. Esta visão tem sua
verdade, mas não se deve extrapolar. Aliás, os próprios achados sobre
redes sociais mostram que as impressões enganam muito:
os cruciais para propagação de informação e opiniões não são os hubs
mais ativos, mas os que vem logo
abaixo.

Análises semânticas são mais invasivas, e posso criptografar os nomes
se for o caso, para não fazer
associação pessoal com os conteúdos, embora ache menos divertido.

2) Tenho direito de não ser mapeado! Pare de me mapear já!!!
R: Caso queira que eu remova a pessoa da análise, ok, avise, por
enquanto pude evitar duas pessoas
que pediram para não serem analisadas. Posso inclusive limpar os
rastros de alguem nos dados, se for o caso. Podemos mesmo
não fazer as análises da lista metarec. Do mesmo ponto de vista,
procuro estas propriedades naturais em outras das milhares de listas
do GMANE:
http://gmane.org/lists.php
Ou posso não mexer com emails. Também fica em aberto.
Somente a Sília pediu para eu retirar os dados dela em qqr análise,
por enquanto.

3) Analisa eles, não nós!!!!
R: Caso 'eles' sejam algo como uma 'extrema-direita-corporativa', ou
algum monstro destes, o mais interessante que
já vi é a iniciativa de rastrear CNPJs e CNPJs dos mesmos donos,
sócios ou subsidiários (AFAIK).
O Belisário está envolvido com o EITA (Daniel Tygel, Braulio BO, Pedro
Jatobá e Alan Tygel) nessa e pode dar mais
informações. A linha é muito, muito jóia até onde vi e vale a pena a o
tempo nisso.

Também acho que tem mais eles aqui perto do que lá longe. Algum dia
alguém cruza dos dados dos participantes
de nosas listas e redes com dados relacionados com algo como uma
extrema direita cabulosa (DEM alike), aí
vamos ver só pq as pessoas tem alguns posicionamentos tão reticentes
quanto ao auto-conhecimento e empoderamento civil.
Veja: http://m.guardian.co.uk/technology/2011/mar/17/us-spy-operation-social-networks

4) Sexismos e outras associações.
R: Pode-se abrir uma thread específica para isso e separar um pouco
essa mistura dos assuntos, por mais pertinente
que seja.
Pode-se sim fazer um estudo de gênero nestas conexões e funções
desempenhadas, se for do interesse, e escrever
dedicadamente sobre ofensas e enganos sexistas das possíveis
conclusões. Como é uma leitura atenta a preconceitos e
os enganos de entendimentos que disso provém, acho que pode ser
bastante instrutiva para as melhorias dos métodos e um aprofundamento
da associação
de dados às características mais humanas.

5) Cofusão da Vaca do fim do mundo com o MutSaz do fim do mundo.
R: Como sabem, o mundo acabou não só no MutSaz, foi fim do mundo no
mundo inteiro.
O planejamento dado por Glerm:
http://ubuntuone.com/7eP2k6jG6qCD9HhMJDnpdT
foram produzidas diversas coisas, talvez em especial os escritos sobre
música e as músicas do Glerm
(alguém pode repassar, por favor?), as narrativas em video idealizadas
em torno do semicondutor livre,
as narrativas em páginas sobre os arquétipos e a concepção de uma
publicação dedicada
a estes feitos. IMHO a publicação do copyfight vem também nesta leva e
acho próprio que haja uma palavra
a este respeito no MutSaz, o que depende somente da dedicação efetiva
dos mais envolvidos nisso, pois há abertura.

Nos atraiu especialmente a ideia de 'meta-arqueologia' de nossos
registros. De minha parte, me interesso pelo tema e já fiz coisas
relacionadas, como a utilização de
topologias deredes de palavras para detecção de polaridade de opinião
(BD da folha de vários anose apresentado no congresso da ACL que foi
na Suécia pelo próprio presidente atual da instituição), utilização de
redes complexas para procesamento de fala, etc... Fiz experimentos com
redes de sinônimos e autoria de obras literárias antigas.
FF chegou a me mandar um pacote com os emails para eu fazer as redes
tem mais de ano, creio. Pedro Markun enviou os nomes de deputados e
funcionarios para eu cruzar os nomes e acusar verificação de
parentesco.

Por fim, cruzando trampos, pesquisas acadêmicas, anseios coletivos e
angajamento, iniciou-se a vaca do fim do mundo. Que não é o MutSaz de
fim do mundo, mas faz
parte dele enquanto os envolvidos acharem próprio. Glerm ajudou
muitíssimo com a compreensão da melhor forma de abrir os emails em
Python, onde cruzo as informações para montar as redes. FF também foii
solícito para buscar as mensagens com o Lairs, do GMANE. Belisário e
outras pessoas da lsita problematizaram de forma construtiva.
Outros, infelizmente, já resvalaram em agressividade grosseira e
posições detrutivas.
De forma metarecursiva, se de 10 (ou infinitas) maneiras de se
compreender algo, se escolhe, repetidamente, a pior, é porque a pessoa
perdeu a razoabilidade e noção de contexto. Pois, mesmo para que não
seja feita a análise, há formas mais proveitosas e agradáveis de
encaminhar a discussão, e tão trabalhosas quanto.


6) Do jeito que está proposta a análise, to fora, enjoa, a repugnância
repele minh'alma.
R: Podemos propor ela em nome da rede ou de mais gente, dividir os
recursos, etc, claro. Como querem fazer?
Se é fazer outra coisa, já sei que posso não usar a lista e apontei um
trabalho mais focado em entender o poder vigente. Meu interesse está
em propriedades naturais das listas de emails e outras redes, no momento.


7) É preciso perguntar sempre. Que tal um termo legal de consentimento
ou uma lista nova?
R: Deixo em aberto completamente, como fiz antes. Escrevi este
primeiro artigo pq pude focar em propriedades
globais da rede, não em indivíduos de forma que pudesse sugerir vigilantismo.
E não utilizei nomes nem dados das pessoas que se mostraram contra o
uso de seus dados.
Caso pensemos no termo de consentimento, inclusive demonstrando
atenção quanto ao assunto e requisição,
pensei nas seguintes perguntas:
Caso estas pesquisas sejam feitas publicamente e difundidas
publicamente, junto aos scripts e dados necessários,
você permite:
*) Que seja feita análise da rede com presença de dados seus
(associação direta aa autoria, inclusive pelo pesquisador)
*) Que seja feita análise da rede com presença de dados seus (com
associação direta aa autoria, inclusive pelo pesquisador)
*) Quer retirar algum dos seguintes dados: (nome registrado na lista,
e email encriptado, horário de postagem da mensagem,
msgs precedentes na thread postada, corpo em txt, corpo em html quando
houver, IP local para georeferenciamento inexato)
*) Permite o uso no caso especial de estudos científicos de
propriedades globais e sem identificação dos vértices por nomes ou
emails?
*) Entende que as pensagens enviadas para uma lista pública de emails
são públicos?
*) Entende que os arquivos públicos de mensagens públicas constituem
um patrimônio da humanidade para consultas
e estudos?
*) Já viu as milhares de listas com arquivos públicos do GMANE
(http://gmane.org/lists.php)?
*) Alguém posta livremente em alguma lista pública mas boicota que sua
participação seja analisada e relatada. Em sua opinião,
esta pessoa pratica censura? Caso queria, especialmente nesta
pergunta, discorra.

Com estas perguntas, como as listadas aqui em 7) e possivelmente
expandidas, podemos ter uma ideia melhor de quais os posicionamentos
dos participantes e fazer estudos que não sejam vistos como
invasivos.


8) Pra que? Pra quem?
R: A primeira pergunta está respondida nos propósitos práticos e
científicos. A segunda tem a seguinte resposta: para nós mesmos
e outros membros de listas por ao menos dois motivos:
A) Os dados são públicos. Ou seja, qualquer interessado:
empresa, .gov e agencias de inteligencia (CIA alike), bancos,
participantes,
todos podem fazer estas e potencialmente muitas outras análises e
visualizações destes dados. Assim, realizando este trabalho e
disponibilizando os resultados, podemos saber um pouco mais sobre como
estes dados são vistos, tornando o público mais público. Veja eles em
nós, ou o monitoramento que há sobre nós:
http://m.guardian.co.uk/technology/2011/mar/17/us-spy-operation-social-networks

B) Propostas de dinâmicas que aproveitem as estruturas da
rede para usos sociais, por exemplo, facilitando o fluxo de bens e
mídia
independente. Em especial, unindo os comentarios do Webert sobre
amenizar os barulhentos e a figura do skarnio de decefalia:
http://skarnio.tv/desencefalia/ (posso usar, Skárnio?)
As pesquisas mostram que os cruciais para propagação de opinião e
informações não são os barulhentos, mas sim os de atuação mais na
média, com intensidade logo abaixo dos mais barulhentos.


9) Quebra da lista em duas
R: Não preciso fazer as análises com a lista metarec se for o caso.
Acho, sim, que muito
mais gente está positiva e interessada a respeito deste
aprodundamento, apenas algumas pessoas se mostraram realmente contra,
e, pelo jeito, gostaram de ficar brabas, o que suaviza a afronta.
Em especial, fiz o artigo sem a utilização dos nomes diretos (como nos
trabalhos que citei no inicio) e foquei nas propriedades globais e
naturais, de forma a evitar posturas vigilantistas ou que causem
impressões muito fortes: http://ubuntuone.com/739tQYgfbtFmbGZXB3f8yw


============================
"""""""""""""
EXTRA, ateh para que fique claro o nivel de abertura da ação

Sobre os materiais que estao já no ar:
http://labmacambira.sourceforge.net/redes
http://ubuntuone.com/739tQYgfbtFmbGZXB3f8yw
(a primeira eh a pagina da vaca com os videos e o segundo eh o artigo
na versao atual)
----> Retiramos o primeiro video no ar, que tem os nomes associados
aos vértices?
( lembrando http://www.slideshare.net/weblabtk/transparencia-hacker
e
http://ubuntuone.com/7UFxbaCu2lcKMJ9MNFJDvV
que possuem estas associações naturalmente, sem grandes problemas )
----> Retiramos do ar os scripts para efetuar este processamento?
(Deixa só para os bancos, empresas e .gov?)
----> Retiramos do ar qualquer figura feita sobre a lista?
----> Retiramos o artigo: http://ubuntuone.com/739tQYgfbtFmbGZXB3f8yw do ar?
----> Retiramos estas threads do ar?
----> Retiramos estas listas do GMANE?
----> Fazemos uma lista dedicada a estudar nossas dinâmicas nestas mensagens?
----> Devolvemos a entrada de $$ da vaca para os doadores?
----> Pedimos para o GMANE sair do ar pois os dados disponibilizados
são por demais invasivos?


Em 8 de janeiro de 2013 22:23, Renato Fabbri <renato.fabbri@gmail.com> escreveu:
> Caros e queridos,
>
> não acho cabível responder thread por thread, e as mensagens na lista
> e pessoais foram muitas,
> de forma que condenso aqui as respostas.
>
> Em primeiro lugar, estes estudos não são novidade.
> Aqui uma dissertação de mestrado sobre o metarec do Miguel Caetano
> http://pub.descentro.org/midia/tecnologias_de_resistencia.pdf
> e uma tese de doutorado do HD:
> http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-17022011-122400/publico/679860.pdf
>
> Com análises mais quantitativas, inclusive com utilização direta dos nomes,
> tem este estudo da Drica Guzzi sobre a lista thacker:
> http://www.slideshare.net/weblabtk/transparencia-hacker
> e este artigo sobre a lista do Apache que usei em grande parte de
> referencia para este primeiro
> momento:
> http://ubuntuone.com/7UFxbaCu2lcKMJ9MNFJDvV
>
> As listas do GMANE formam, aos milhares, um patrimônio, em:
> http://gmane.org/lists.php
> e não preciso usar a lista metarec para estes estudos, embora ache o
> caso mais proveitoso
> pelos retornos positivos que tenho.
>
> ===
>
> Aqui está uma seleção de críticas em forma de perguntas e respostas compiladas:
>
> 0) Quais os propósitos deste estudo, não vejo utilidade?
> R: Além do que pode-se inferir diretamente com o artigo atual:
> http://ubuntuone.com/739tQYgfbtFmbGZXB3f8yw
> os propósitos práticos e científicos são:
>
> *) Propósitos práticos
>
> #) Oferecer mais consciência e controle para o
> participante das listas sobre sua própria participação.
>
> #) Modelar dinâmicas deliberativas.
>
> #) Modelar distribuição de bens pelos hubs e outros
>
> aproveitamentos estrututrais.
>
> #) Otimizar distribuição de mídia indepentente e sua produção.
>
> #) Facilitar a percepção de afinidades.
>
> #) Proporcionar empoderamento civil através de
> auto-conhecimento local.
>
> #) Proposicao de redes sociais mais adequadas para estas
> trocas (seguindo e email do Skarnio)
>
> #) Visualizacao de mensagens por setor da rede do
> histórico recente, seguindo mensagem do Webert: "De certo porque quem
> está sempre falando, está num tom tão alto que esses tantos
> outros acabam não tendo voz. Eu também quero escutar quem fala
> baixinho... Em meio a quem está grintando."
>
> #) Auto-conhecimento e proposição clara dos intuitos,
> seguindo a fala do Hernani: "Eu acho q seria mais util
> entendermos o q queremos com essa lista. quais as
> possibilidades e os entraves.... "
>
> #) Transparência comunitária, não só transparência do empresariado
>
> ou governamental. (transparência civil?)
>
> (NOTA PENALVA: * Transparência civil como re-afirmação
> da legitimidade da autogestão da sociedade civil. Ferramenta
> de coerção contra-política direcionada à autogestão civil.
> Legitimidade em contra-senso, de baixo para cima.)
>
> #) Tornar o público mais público, seguindo anseio da Tati
> Prado: "e espero ter tornado algumas coisas menos
> invisíveis...".
>
> #) Através do reconhecimento de caracteristicas e conteúdos
> trocados, retribuir financeiramente o indivíduo e as comunidades
> através de contribuições e estruturas que usufruem destes
> comportamentos.
>
>
>
> *) Propósitos científicos
>
> #) Aprofundamento das descrições de redes formadas por
> emails, como em[1], através de:
>
> -- Comparação dentre as várias listas do GMANE e
> amostras em diferentes momentos: segundas-feiras, época do ano
> ou do mês, horário, localização geográfica (pelo IP), língua
> preferencial, etc.
>
> -- Utilização da intuição dos autores pela efetiva
> participação das listas e de várias outras listas, para
> observações focadas e potencialmente inéditas.
>
> -- Observação desta quantidade massiva de emails com o
> conhecimento e acompanhamento dos professores e pesquisadores do
> IFSC/USP e ICMC/USP. Especialmente os que possuem conhecimento notório
> em Redes Complexas e Processamento de Linguagem Natural e
> possibilitarão avanços científicos e tecnológicos para os estudos.
>
> -- Observar incidências se aplicados os modelos de fluxos de
> informação e opiniões atuais.
>
> -- Com PLN, obervar reincidência de verbetes e radicais, antes
> e após mensagens em destaque pela rede:
>
> // e.g. que iniciaram threads grandes e sao enviadas por
> pessoa com alta saída ou força-saída/grau-saída
>
> -- Aprofundar usos de PLN para caracterizar e talvez tipificar
> incidências nestas redes.
>
> // mensagens + formais ou informais (comecam com
> letras maiusculas ou nao, tem acentuacao ou nao, as palavras sao
> reconhecidas ou nao por um vocabulário formal disponivel, etc)
>
> // estruturas sintáticas + ou – elaboradas se
> relacionadas a posições positivas ou negativas.
>
> // mensagens sexistas foram um pedido em especial de
> alguns membros da lista metareciclagem@
>
> -- Observar correlações entre comunidades topográficas e
> vocabulário utilizado.
>
> -- Fazer detecção de autoria pela topologia de redes de
> palavras, como fez Diego: AMANCIO, D. R. ; Oliveira Jr., O. N. ;
> Costa, L. F. . Identification of literary movements using complex
> networks to represent texts. New Journal of Physics, v. 14, p. 043029,
> 2012. (Como está isso?)
>
> -- Observação de variações e motivos nas topologias das redes
> de palavras com relação a:
> // horários de envio de mensagens (relacionado a estado
> de sono ou aos habitos do autor)
> // região (pelo IP)
> // Com expressa permissão e entrega dos dados pelo
> próprio participante,
> pode-se observar questões de idade, genero, nome, cor preferida ou
> primeira sílaba do nome, etc.
>
> -- Dentro do possível, adentrar o foco e compreensão do
> participante para utilidade do próprio participante.
>
> -- Observar redes que nao sao livres de escala. Se são
> incidentes somente em Software Livre pelo vinculo de maior longo
> prazo, e listas como metarec podem ser somente localmente livres de
> escala.
>
> -- Responder aa pergunta: se os hubs e a propriedade
> livres de escala são necessários para as redes de emails, i.e. caso um
> hub ou outros membros estruturais sejam removidos, outros surgem. Os
> dados sugerem revezamento da função. Isso pode ocorrer por instinto ou
> por propriedades naturais da atividade de troca de emails.
>
>
> ====
>
>
> Outras perguntas e respostas na mensagem a seguir.
>
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> GNU/Linux User #479299
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