porem, digo que culturas e nem 'humano' é material para se 'trabalhar'.
culturas são modos muito diferentes de entender e de existir no mundo,
isto é, são mundos diferentes. O que se considera 'certo', 'errado',
'verdadeiro', 'belo' em um mundo pode não valer em outro.
E também gostaria de ouvir o Anapuaka, que está sendo acusado aqui, de
colocar a sua visão.
mbraz
(em atitude copyleft: http://artlibre.org/licence/lal/pt)
Em 1 de outubro de 2011 11:56, Fabianne Balvedi
<fabs@estudiolivre.org> escreveu:
> Rosane, ou muito me engano, ou o tom do teu texto
> continua a dar a entender que você acha que foi alguém
> desta lista que copiou teu texto e colou lá.
>
> Mas que eu saiba, foi o Anápuáka Muniz Tupinambá Hã-hã-hãe,
> alguém que, até onde eu sei, não está nesta lista.
>
> Tem todos os contatos dele lá e eu também transferi pra cá numa
> mensagem anterior. Então porque você não entra em contato direto
> com ele? No mais, tem uma pá de gente por aqui fazendo
> trabalhos lindos também, muitos deles anônimos, ou seja, sequer
> tem seus nomes referenciados naquilo que fazem por opção
> própria. Vamos tod*s nos respeitar então, certo?
>
> De minha parte, prefiro os trabalhos com o espírito humano,
> porque o material já está por demais contaminado.
>
> saludos,
>
> .f4bs
>
> .
>
> 2011/10/1 Rosane Faria <rosanefaria2008@gmail.com>
>>
>> Meninas,obrigada pelo apoio.
>>
>> Para quem não me conhece, pois sempre opto pela discrição, como
>> requer um "operário das artes" que trabalha com o material humano e
>> sente prazer em fazê-lo.
>>
>> Trabalho com cultura Tradicional primeiramente porque cansei-me do
>> academicismo europeu da Escola de Belas–Artes, onde aprendi muito com
>> profissionais maravilhosos; mas trabalhar com cultura é mais
>> interessante porque esta associada ao valor humano e ao valor social;
>> e em se tratando de cultura tradicional, todo o valor humano vem do
>> ancião, que é respeitado como se deve dentro de sua aldeia. Estou a
>> frente da WBI desde 2008, escrevi todos os projetos culturais. O
>> desagradável é ver todo o texto colado sem ter sido contactada ou
>> solicitada pela utilização deste, que o faria até de bom grado por uma
>> causa nobre. Todo o texto escrito na apresentação e objetivos da WBI
>> estão em minha prática cotidiana; já que atuo com crianças quilombolas
>> do Grumari –RJ e crianças caiçaras e descendentes indígenas de
>> Itapuca(atualmente no Projeto "Sou Digital, e Daí?"). Portanto, saio
>> da minha "bolha cor-de-rosa" e piso semanalmente na lama junto com os
>> catadores de goiamum do mangue de Itapuca e desenvolvendo projetos
>> midiáticos com estas crianças tão discriminadas e tão excluídas do
>> sistema; que se encontram numa situação muito peculiar, pela
>> proximidade do bairro de Barra de Guaratiba-RJ, mas por possuírem
>> culturas diferenciadas, que neste momento estão sendo literalmente
>> dizimadas; são totalmente excluídas da sociedade local. Os meus textos
>> são as minhas ações e não algo por vir.
>>
>> Algumas pessoas me conhecem por ter viajado algumas vezes pela WBI,
>> mas prefiro direcionar meu tempo em ações concretas; e viagem na
>> maioria das vezes, provoca desmobilização nos adolescentes. Já
>> trabalhei com adultos e crianças, mas realmente o grupo que me
>> interessa é a adolescência; fase difícil, mas desafiadora na
>> construção de novos paradigmas. Não vivo da promoção da minha prática,
>> porque opto pelo dia-a-dia utilizando os conceitos para modificar
>> vidas.O meu material de trabalho é o humano.
>>
>> Bem, aprendi que não devo compartilhar textos em Google-DOCs; e quem
>> tem potencial e capacidade para fazer um ,faz dez e outros tantos
>> necessários sem copiar e obter créditos a custas do alheio; faz
>> destes textos sua ações, e das ações suas verdades; porque ações falam
>> por si só. A minha noção de ética, respeito ao próximo, compromisso
>> com a palavra e discernimento do que é verdadeiro do falso, me
>> ensinaram que o verbo compartilhar é bem diferente do plagiar. Mas
>> agradeço o convite feito e aceitarei de bom grado; e agradeço
>> novamente o apoio de vocês.
>>
>> Única coisa que resta é rir da limitação humana...
>>
>> Rosane FariaEspecialista em gestão e produção culturalCoodenadora de
>> Cultura da WBIProf de artes visuais da Pref do RJDir. de Ciência e
>> Tecnologia do REMARMail: rosanefaria@webbrasilindigena.org
>> rosanefaria@hotmail.comskype:lothus15fax:21-2410 1519
>> 21-96199219
>>
>> On Sep 30, 7:10 pm, Meiry Coelho <meiry.n...@gmail.com> wrote:
>> > Oi Rosane, tudo bem? Apesar de entender a sua indignação, devo destacar
>> > alguns pontos. Sou feminista e militante do movimento de mulheres
>> > negras,
>> > quilombolas ou não. E nesses anos já perdi a conta de quantos textos já
>> > escrevi e projetos já encaminhei. Os resultados também são muitos. O
>> > nosso
>> > trabalho, como militantes de movimentos sociais, é fazer as nossas
>> > causas fluírem. E por isso tudo que fazemos, dizemos ou escrevemos é
>> > parte
>> > disso. O que chamamos conhecimento livre, cultura colaborativa...
>> >
>> > Parabéns pelo texto! Que bom vê-lo na articulação indígena do Fórum
>> > CulturaDigitalBR.
>> >
>> > Abraços calorosos.
>> >
>> > --
>> > Meiry Coelho
>> > "No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento
>> > não
>> > conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o
>> > folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio
>> > vento..."
>> > Quintana
>>
> --
> Essa mensagem foi postada no grupo:
> http://groups.google.com/group/gtculturadigital?hl=pt?hl=pt-BR
>
> Esse grupo está ligado ao Movimento Cultura Digital:
> http://culturadigital.br/movimento
>
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ava ñe'ë mβռăʒ
Ñandeva ekuéry
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oacasoeocaos : meraS&quimeraS
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Esse grupo está ligado ao Movimento Cultura Digital:
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