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Re: [gtCD] Universidade - Direito Autoral e Software Livre: tudo a ver | Cobertura do Fisl12

Em 1/7/2011 18:05, Thiago Skárnio escreveu:

Pessoal, o Pontão Ganesha está cobrindo a 12ª Edição do Fórum Internacional Software Livre em Porto Alegre.
O conteúdo está sendo publicado diretamente do evento no site do Ganesha http://ganesha.org.br e twitter http://twitter.com/ganeshadigital.

Segue colada na mensagem a primeira matéria.

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Thiago Skárnio - Twitter/Jabber/Skype/Gtalk: skarnio Coordenador: http://ganesha.org.br Etc.: http://skarnio.tv   

Universidade - Direito Autoral e Software Livre: tudo a ver

O tema da palestra era "Universidade e Software Livre: a academia e o compartilhamento do conhecimento", mas durante sua fala, Nelson Pretto colocou em pauta questões relacionadas à banda larga, direito autoral e ética hacker, e pôs lenha na fogueira das discussões sobre a Lei de Direito Autoral: "No governo Dilma, estamos tendo um retrocesso muito grande em relação ao que foi discutido e aprofundado na administração anterior. São discussões riquíssimas, que começaram há muito tempo, quando Gilberto Gil assumiu o Ministério da Cultura. A Lei já estava bem estruturada, mas agora, caminhamos para trás", declarou.

Ao colocar em evidência seu descontentamento com os encaminhamentos dados pelo governo ao tema, Nelson Pretto, que é doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, chamou a atenção para as implicações que isso traz, quando se fala em democratização da educação. "São necessárias mudanças urgentes na Lei do Direito Autoral para que a universidade possa pensar e colocar em prática, de forma realmente efetiva, o compartilhamento do conhecimento". Com essa declaração, Pretto chamou atenção para dois assuntos: a lógica produtivista que impera na academia (a partir da qual o interesse maior é publicar artigos e trabalhos de pesquisa em revistas  que garantam ao autor pontuação maior), e a ausência de integração entre sistemas  de repositórios institucionais.

De acordo com Nelson Pretto, o ideal é que os pesquisadores fossem movidos pelo que ele chama de "princípio hacker de criação", onde todos as descobertas são compartilhadas com a comunidade, como forma de disseminar saber e fomentar a pesquisa. Entretanto, alguns papers, artigos e teses são publicados em revistas com notas altas (Qualis), mas que não têm pesquisa aberta, o que limita o acesso do público ao material produzido e ali publicado. Uma solução simples para isso, seria alterar os critérios de pontuação para as produções científicas. "Trata-se, na verdade, de uma proposta de incentivo: poderíamos oferecer uma pontuação maior para os autores que publicassem em revistas de acesso aberto. Temos hoje mais de 1000 revistas científicas com essa característica no Brasil", explicou.  

Em relação ao repositórios institucionais, Pretto reforçou a necessidade de uma ação efetiva do governo, no sentido de estabelecer políticas públicas integradas que colocassem todos os repositórios em rede, medida que tornaria mais funcional tanto o processo de registro quanto o de busca à produção acadêmica.

 

Mas Pretto alerta: "Nada disso faz sentido se não prestarmos atenção no Plano Nacional de Banda Larga. Se continuarmos com a banda do jeito que estamos, não teremos condição de garantir acesso e democratização do conhecimento", concluiu.


Foto Fernanda Afonso
FONTE: Pontão Ganesha http://ganesha.org.br/

 

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Essa mensagem foi postada no grupo: http://groups.google.com/group/gtculturadigital?hl=pt?hl=pt-BR
 
Esse grupo está ligado ao Movimento Cultura Digital:
http://culturadigital.br/movimento
OLha, sinceramente colocar os termos UNiversidade, direito autorale  universidade livre na mesma frase durante muito tempo foi meu sonhoe  pesadelo. Fui bolsista em um projeto de inclusão digital durante dois anos em que montamos uma LAN House acadêmica e procurávamos com ela oferecer ID utilizando jogos computacionais. Os compuadores tiveram que ter o "Janelas" instalado por conta do sistema da universidade que não conseguia conectar os computadores à internet em computadores com sistemas operacionais livres.  Instalamos o Unbunto 9 e o "Janelas", mas a net só funcionava no sistema operacional pago. Tínhamos reuniões semanais em que só era resvalado o tema do SL e os direitos autorais. Começamos as oficinas e os garotos queriam acessar orkut, msn, baixar músicas, assistir videos de funk. Ao final de 8 sessões eles começaram a editar músicas e produzir vídeos. E as discussões não avançavam. Eu já fazia parte desta lista, lia o que vocÊs postavam , ficava maravilhado, tentava levar o que leio aqui para os grupos. Mas sempre fui muito podado. Aos poucos fui perdendo o tesão no projeto, ficando nele só até cumprir minhas obrigações acadêmicas. Mas até hoje fico muito frustrado pro ter feito parte de um projeto que criou um laborátório nos moldes de uma Lan House dentro da academia, que poderia ser o local de discussões sobre Cultura digital, direitos autorais, softwares livres e muitos outros assuntos, acabar vivendo à mingua por conta de professores que tem medo do novo mesmo o usando. Fico feliz de ter encontrado um dos jovens com quem trabalhei tempos depois e este me dizer que o que aprendeu nos grupos acabou usando para a produção dos posteres e edição das músicas do Grupo de samba que montou com os amigos. Sei que o espaço acadêmico é visto muita vezes como inovador, percursor de idéias que ganharão as ruas, mas cabe deixar claro que este mesmo espaço é feito e construido por pessoas e que estão sujeitas ao mesmo jogo de poder e limitação de pensamento de tantos outros locais em que tentamos inovar fecundando idéias, indo além da busca de títulos e prêmios e buscando mudanças no mundo real.



Desculpa o desabafo, mas fiquei muito tempo com isso entalado na garganta, mas hoje já estou livre trazendo de bom as recordações dos jovens com quem trabalhei no tempo  em que estive no projeto.

abraços,  

Jardel Maximiliano

Psicólogo

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